Paços do Concelho, em Sintra

O Fundo Municipal de Emergência (FME), iniciativa lançada pela Câmara de Sintra para apoiar dois mil empresários do concelho, recebeu 557 candidaturas, das quais 115 foram já aprovadas, confirmou esta terça-feira o presidente da autarquia, Basílio Horta.

“Hoje mesmo estes 115 empresários irão receber este apoio. Inicialmente, estava previsto receberem só durante o mês de junho e julho, mas decidimos antecipar. O dinheiro faz-lhes falta já”, disse à Lusa, o presidente da Câmara de Sintra, adiantando que as restantes candidaturas aguardam análise por parte dos serviços da autarquia.

“Vamos manter as inscrições abertas até 31 de maio. O nosso limite será apoiar até dois mil empresários, pelo menos nesta primeira fase. A situação económica preocupa-nos muito”, disse Basílio Horta.

Ao SINTRA NOTÍCIAS, questionado sobre a taxa de desemprego em Sintra que disparou de 4,5% para os 11%, Basílio Horta começou por lembrar que “por trás dos números não podemos esquecer que há caras, pessoas e famílias”, razão que explica a criação do Fundo Municipal de Emergência, cujo objetivo é “manter o emprego, ajudar o empresário e a economia de Sintra, que se baseia em micro e pequenas empresas”, adiantando que “estamos em condições e temos financeiramente possibilidades de começar a fazer pagamentos já em maio”.

“Manter o emprego, ajudar o empresário e a economia de Sintra, que se baseia em micro e pequenas empresas” é o objectivo do Fundo Municipal, explica Basílio Horta

Recorde-se, o FME lançado há duas semanas, disponibiliza uma verba de três milhões de euros destinados a empresários que exerçam a sua atividade em nome individual ou enquanto sócios gerentes de sociedades comerciais, nas áreas da restauração e similares, comércio de bens a retalho e prestação de serviço, explicou em entrevista ao SINTRA NOTÍCIAS, na passada quinta-feira, o presidente da Câmara de Sintra.

O FME apoiará atividades que não excedam o valor de 100 mil euros por ano e, exclusivamente, empresários cujo rendimento bruto familiar, em sede de IRS, não tenha ultrapassado no ano de 2018 o valor de 30 mil euros.

Os empresários que forem selecionados terão acesso a uma prestação de 1.500 euros, equivalente a duas remunerações mínimas mensais garantidas, calculadas com base em 14 meses. Em contrapartida, os empresários que beneficiarem deste apoio ficam obrigados a manter todos os postos de trabalho, pelo menos, até 31 de dezembro de 2020.

“Para já fazemos um balanço muito positivo. É muito importante dar condições ao tecido empresarial para salvar empregos. Depois de 31 julho avaliaremos a necessidade de criar outras medidas de apoio”, sublinha o presidente da Câmara de Sintra.