“Estar num lar não é uma fatalidade”

Já morreram 327 pessoas em lares de Portugal devido ao Covid-19, disse hoje em conferência de imprensa a diretora Geral de Saúde, Graça Freitas, acrescentando que "a maior parte das pessoas que adoeceu em lares está recuperada".

Um total de 327 pessoas morreram em lares de idosos em Portugal na sequência da pandemia de Covid-19, avançou esta quinta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantando que se deve ao facto de a população ser “muito idosa”.

A responsável especificou que há 180 mortes no Norte, 106 no Centro, 39 em Lisboa e Vale do Tejo, um caso no Alentejo e um no Algarve. Contudo, sublinha Graça Freitas, “estar num lar não é uma fatalidade”, notou a diretora Geral da Saúde, acrescentando que “a maior parte das pessoas que adoeceu em lares está recuperada”.

Sublinhe-se, relativamente às mortes em lares, que correspondem a quase metade dos óbitos por covid-19 na Europa, levou o diretor regional da Organização Mundial de Saúde, a considerar estar-se a viver uma “tragédia humana inimaginável” neste setor.

António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, anunciou que Portugal “ultrapassou a barreira dos 300 mil testes realizados, superior a países como Noruega, Suíça, Itália e Alemanha”

“Portugal ultrapassou a barreira dos 300 mil testes realizados. Desde o dia 01 de março foram realizados cerca de 302 mil testes diagnóstico covid-19 no nosso país. Estamos a falar de uma testagem de 27.925 pessoas por milhão de habitantes, o que à data de hoje é superior a países como a Noruega, a Suíça, a Itália e a Alemanha”, António Sales

Segundo os dados do boletim epidemiológico revelado esta quinta-feira pela Direção-Geral de Saúde, morreram 35 pessoas nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas mortais para 820. Com mais 371 casos registados, Portugal identificou até agora 22353 pessoas com Covid-19.

O número de casos confirmados de Covid-19 continua a subir. Regista-se um aumento de 1,7% por cento face ao dia anterior.Há 1095 internados, dos quais 204 em cuidados intensivos. Existem ainda 193.447 casos não confirmados.

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