O Papa Francisco celebrou hoje a Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com a homilía, conduzida pelo padre Raniero Cantalamessa, a ficar marcada pela pandemia da doença covid-19.

“A pandemia do coronavírus despertou-se bruscamente para um perigo ainda maior que sempre existiu na Humanidade: O delírio da omnipotência”, afirmou o padre da Casa Pontifícia, na homilia pascal.

A cerimónia começou com o Papa Francisco prostrado por alguns minutos, num sinal de humildade, no chão da Basílica de São Pedro, praticamente vazia por causa das medidas de contenção da covid-19, seguindo-se a homilía de Raniero Cantalamessa.

O padre franciscano recordou que “bastou o mais pequeno elemento da natureza, um vírus”, para que a Humanidade recordasse que é mortal e que a “potência militar e tecnológica” é insuficiente para a salvar.

O Papa Francisco celebrou ainda a Via Sacra na Praça de São Pedro, tradicionalmente realizada no Coliseu de Roma. A Praça estava vazia devido à pandemia, somente iluminada por tochas no chão e pela Cruz de Jesus. 

As 14 estações foram realizadas em volta do obelisco central, com um único grupo de pessoas que revezaram o momento de carregar a Cruz.

Cada meditação trouxe à reflexão as dores que o cárcere produz: nos detentos, nas vítimas de seus crimes, em seus familiares, nos policiais, juízes, sacerdotes. O crime e suas consequências em toda a sua globalidade.

O sofrimento provocado pelo pecado cometido pelos homens, e redimido por Jesus na cruz, inspirou o Papa Francisco a uma longa oração silenciosa.

Diferentemente dos outros anos, o Pontífice, que segurou a cruz na última estação, não fez a meditação final. Concedeu a bênção apostólica no fim.

EM DIRETO: Comemorações da Via Sacra, no Vaticano