“Atrasos, supressões e sujidade” na Linha de Sintra

PROTESTO | A Comissão de Utentes da Linha de Sintra aponta como razões para o protesto a existência de "comboios suprimidos, atrasos diários, falta de higiene, desconforto" e da uma crescente vaga de utentes que a CP não consegue dar resposta.

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) realizou esta manhã um protesto na Estação de comboios da Amadora, contra a supressão e atrasos de comboios na Linha de Sintra, que causam transtornos diários aos utentes.

Empunhando cartazes onde se pode ler “Basta de viajar como sardinha em lata”, “Mais investimento” ou “Chega de atrasos”, os utentes da Linha de Sintra exigem a melhoria do serviço público ferroviário. “Somos confrontados, diariamente, com supressões e atrasos. Nos últimos meses, a situação agravou-se”, disse Vasco Ramos, da Comissão de Utentes da Linha de Sintra.

Segundo este responsável, nos últimos anos o serviço ferroviário degradou-se: “Há comboios suprimidos, atrasos diários, falta de higiene, desconforto e, nos últimos meses, a situação agravou-se com a chegada do passe Navegante, que veio trazer mais utentes para a linha, mas os comboios são os mesmos”, afirmou.

Vasco Ramos destacou que a Linha de Sintra precisa urgentemente de um aumento de comboios, sobretudo durante as horas de ponta.

“Precisamos de investimentos em novos comboios, de renovar estações e apostar num maior conforto e higiene. Esta estação [da Amadora] até nem é das piores, mas temos algumas em que chove lá dentro, outras estão muito degradadas e não estão aptas a servir as pessoas no século XXI, como a de Algueirão-Mem Martins, e outras são verdadeiras relíquias”, contou.

Estação da CP, em Sintra – arquivo

Desde 1 de abril que a Área Metropolitana de Lisboa tem um passe único metropolitano que abrange os 18 concelhos, por 40 euros, além de novos passes municipais que custam 30 euros.

Recorde-se, em novembro, a Câmara de Sintra anunciou que ia pedir ao Governo e à CP o plano de investimentos para o reforço de meios humanos e de material circulante na Linha de Sintra, devido à “degradação do serviço”, que prejudica diariamente milhares de utentes.