“Concentremo-nos na saúde, na segurança, na coesão e inclusão, no conhecimento e no investimento, convertendo a esperança em realidade”

Na sua mensagem de Ano Novo a partir do Corvo, nos Açores, Marcelo Rebelo de Sousa começou por desejar a todos os portugueses um bom ano, com um “abraço caloroso” – “2020 será ano de começo de um novo ciclo (…) que tem de ser de esperança, mais do que descrença e desilusão”.

O Presidente da República pediu um Governo se mantenha “forte, concretizador e dialogante para responder à vontade popular que escolheu continuar o mesmo caminho sem maioria absoluta”.

Também é preciso uma oposição “forte e alternativa”, assim como e diálogo entre partidos, destacou o chefe de Estado. Aos eurodeputados eleitos em maio, Marcelo pede que “saiam das suas torres de marfim para se aproximar dos europeus”.

No panorama nacional, Marcelo Rebelo de Sousa apela à aposta no crescimento, no emprego e no combate às alterações climáticas. “Concentremo-nos na saúde, na segurança, na coesão e inclusão, no conhecimento e no investimento, convertendo a esperança em realidade”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu pediu uma “mobilização cívica” para que “com esse crescimento” seja possível enfrentar “chocantes manchas de pobreza, estrangulamentos na saúde, carências na habitação, urgências para com cuidadores informais e sem-abrigo”. Não basta esperar, é preciso trabalhar, notou.

Portugal precisa ainda de uma “justiça respeitada, porque atempada e eficaz no combate à ilegalidade e corrupção”, de mais apoio para as forças de segurança, de uma “comunicação social resistente à crise económica que a vai corroendo” e um poder local “penhor de maior coesão social, descentralizando com determinação e sensatez”.