A recuperação de material circulante para Lisboa faz parte do plano de investimento de 45 milhões de euros na CP e que contempla a intervenção num total de 70 unidades, entre locomotivas, automotoras e carruagens até ao final de 2020, anunciou a empresa.
A transportadora está a reparar no Entroncamento oito automotoras para as linhas de Sintra e Azambuja que foram encostadas em Campolide.
As supressões diárias de comboios na linha de Sintra penalizam milhares de utentes todos os dias. A pressão dos municípios da Amadora e sobretudo Sintra, obrigaram o Governo a tomar medidas que através da CP, já pôs em marcha um plano para recuperar as oito automotoras elétricas que estavam paradas desde 2013, em Campolide.
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Este material vai ser recuperado nas oficinas do Entroncamento e deverá estar totalmente operacional durante 2020, anunciou esta quinta-feira, Nuno Freitas, presidente da empresa.
“Estamos a recuperar oito unidades quádruplas (UQE) que estavam paradas há vários anos. Estas unidades vão ficar prontas em 2020 e vão permitir um aumento de 13% na nossa oferta. Serão 8000 lugares adicionais”, assinalou o gestor durante a cerimónia de assinatura do primeiro contrato de serviço público, na estação do Rossio.
Em causa, estão seis automotoras elétricas das séries 2300 e 2400, que circulam, sobretudo, na linha de Sintra – que entraram ao serviço em 1997 e que deveriam ter feito a revisão de meia-vida em 2012; e ainda duas automotoras da série 3500, as únicas unidades de dois andares ao serviço da CP, sobretudo, na linha de Azambuja.
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Assim que estiverem reparadas, as oito automotoras vão reforçar o número de unidades ao serviço da linha de Sintra e Azambuja: atualmente, são 50 automotoras das séries 2300 e 2400; mais 10 automotoras da série 3500.
Recorde-se, nos últimos anos, estas automotoras serviram como fonte de peças suplentes para reparar outros comboios e estiveram expostas às condições atmosféricas.
Estima-se que cada unidade demore dois meses a ser reparada. Apesar da melhoria do índice de regularidade, “de 97,5% para 99%”, segundo a CP, ainda se registam supressões diárias na linha de Sintra, sobretudo na hora de ponta.