Centenas de polícias e militares, que aderiram à manifestação desta quinta-feira, vão manifestar-se junto à Assembleia da República. O trânsito está cortado em várias artérias no centro de Lisboa e junto ao Parlamento foi criada uma espécie de ‘vedação’ para evitar o que aconteceu há seis anos: quando a escadaria foi ‘invadida’.
Apesar de ter sido organizado pelas duas maiores estruturas sindicais da PSP e da GNR – a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) – o protesto desta tarde pode ter ‘convidados’ inesperados.
O Movimento Zero, criado por polícias sob anonimato, tem atraído apoiantes ligados à extrema-direita e conta já com mais de 53 mil seguidores na sua página no Facebook.
Apesar de o lema da manifestação ser ‘tolerância zero’ foram previamente tomadas medidas de segurança para evitar complicações. O protesto arrancará, como previsto, às 13h00 no Marquês de Pombal, em Lisboa, e rumará até à Assembleia da República, local onde está marcada uma concentração para as 16h00.
Da parte do Governo e Presidência da República, as palavras são de apelo ao respeito pelas “regras para exercício do direito de manifestação”. Mais, lembrou o chefe de Estado, nos últimos dias como “é público e notório, o Governo tem vindo a ter contactos com associações representativas sobre o estatuto das forças de segurança no futuro” – uma das reivindicações para o protesto desta quinta-feira.

Fotografia: Movimento Zero – facebook