BE questiona governo sobre a linha de Sintra

Deputada Isabel Pires, questionou o governo sobre "os relatos preocupantes acerca de atrasos, supressões, sobrelotação e falta de higiene e condições de refrigeração dos comboios da CP que servem a linha de Sintra”.

O protesto de um passageiro, que esta terça-feira decidiu bloquear o encerramento das portas de um comboio na estação da Amadora, depois de mais um anúncio de supressão de comboios, já foi denunciado na Assembleia da República, pela Deputada do Bloco de Esquerda (BE), Isabel Pires.

O protesto espontâneo que se juntou a várias vozes e que travou a circulação de comboios, mereceu a atenção da deputada do BE, que questionou o governo sobre “os relatos preocupantes acerca de atrasos, supressões, sobrelotação e falta de higiene e condições de refrigeração dos comboios da CP que servem a linha de Sintra”.

O partido considera que neste meio de transporte “não estão asseguradas condições mínimas de salubridade e conforto, sobretudo nas horas de ponta, mas também fora delas, no período noturno ou ao fim de semana”, problemas que se têm “intensificado”, sublinha a deputada Isabel Pires.

Na pergunta endereçada ao Ministério das Infraestruturas e Habitação exemplificam-se vários casos. A maior parte dos comboios que vêm e vão para o Rossio “têm apenas metade das carruagens”, uma vez que os comboios de oito carruagens entre Sintra e Rossio passam apenas duas vezes por hora na hora de ponta e uma vez por hora fora deste período.

Na missiva, o BE acrescenta ainda que é “comum” que comboios que deveriam ter oito carruagens tenham metade, dando como exemplo o comboio que parte de Sintra às 07h56 com destino a Alverca.

Outro exemplo é o comboio que parte de Sintra às 07h46 e que tem sido suprimido, fazendo com que os utentes tenham de esperar 20 minutos “quando conseguem entrar no comboio seguinte, o que nem sempre acontece”, facto que “causa transtornos óbvios” e “faz com que o comboio esteja sobrelotado”, refere o BE.

O BE de Sintra comentou esta situação nas suas redes sociais dizendo que “a paciência tem limites” e lembrando que “há anos que vem denunciando a degradação dos serviços da linha de Sintra na Assembleia Municipal e nas freguesias”.