Sintra perde em casa com o Tomar

Campeonato Nacional de Hóquei em Patins, 2.ª Divisão Sul | Sintra 6 - Tomar 8.

HC de Sintra 6 - Tomar 8

O Sintra entrou bem adiantando-se no marcador, mas o Tomar empatou e passou para a frente sem nunca mais deixar a liderança, obrigando o Sintra a aplicar-se, que deu sempre boa réplica até ao fim de jogo, nunca se deixou abater, disputando cada palmo do ringue, dominando muitos momentos do jogo e jogando no erro do adversário, principalmente na primeira metade da 2ª parte, surpreendendo os nabantinos obrigando-os a errar. 

Catorze golos mostra a dinâmica do confronto, duas equipas muito idênticas no jogo jogado, mas acabou por ser o adversários a aproveitar mais uma vez as distracções defensivas sintrenses. Cartões azuis evitáveis no Sintra, aumentaram a tranquilidade ofensiva do adversário. O Sintra falha 4 bolas paradas, contrastando com a eficiência do Tomar nos momentos decisivos.

O Sintra jogou de peito aberto frente a uma equipa de primeira, enganem-se todos aqueles que pensa que foi pacífica a vitória, bateu-se muito bem num duelo igual para igual em hóquei, mas de orçamentos nos antípodas. Vitória certa do Tomar, mas não seria escandaloso o empate, que premiava a atitude guerreira e disponível da equipa Sintrense, que precisa de limar pormenores de disciplina e defensivos.

A arbitragem: É daquelas noites, que não se encontra boas adjectivações para define-la. Tivemos um árbitro de primeira, acompanhado por um “polícia sinaleiro” inseguro, incapaz e negativamente influente, onde Paulo Carvalho, tentou segurar as pontas no inicio, mas face ao descalabro permanente de João Borges (ele não tem a culpa, quem o põe lá, devia estar no Pelourinho da Vila), acabou por influenciar negativamente a partida, e as duas equipas.

Num jogo correcto, com o Sintra 9 faltas, o Tomar com 3, 12 faltas em 12 minutos de jogo, pensava-se numa batalha…, mas a verdade o que aconteceu foi o desnorte e anarquia de critérios usados no som do apito.

Num jogo bonito, honesto entre duas equipas que se respeitaram 29 faltas e 4 azuis, é uma ofensa a todos intervenientes nesta partida, e de uma ausência total de qualidade técnica. Ninguém nasce ensinado…, o relatório de Fernando Cabaço terá de certeza absoluta, mais linhas do que este texto.

A terminar uma palavra especial para estes miúdos do Sintra, há 3 jornadas que me enchem de orgulho, com a mostra de total disponibilidade, que há anos não se sentia, falta só um pouco mais de tranquilidade, eficiência e serenidade.

Texto: Nuno de Sousa
Fotografia: Nuno de Sousa