Distrito de Lisboa elegeu deputados de nove partidos e diversificou a AR

O distrito de Lisboa foi o que mais contribuiu para diversificar a representação de partidos no parlamento, permitindo a eleição de deputados de nove forças partidárias.

Em comparação com as legislativas de 2015, e entre os partidos que já tinham assento parlamentar, o PS e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) são os únicos que em Lisboa veem a sua representação reforçada.

O PS venceu em Lisboa elegendo 20 deputados, mais do que tinha sido conseguido nas anteriores legislativas de 2015, quer pelos socialistas, quer pela coligação PSD/CDS-PP (ambos com 18 deputados na altura).

Além do PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDU, CDS-PP e PAN, que já tinham assento parlamentar, a votação em Lisboa possibilitou a eleição de um deputado ao Iniciativa Liberal, outro ao Livre e ainda outro ao Chega.

Em Lisboa, o PAN ficou à frente do CDS-PP, apesar de ambos conseguirem eleger dois deputados cada. Contudo, o PAN teve mais cerca de 30 votos do que o CDS-PP, que na anterior legislatura tinha concorrido coligado com o PSD.

Dos 48 deputados eleitos no distrito de Lisboa, 20 foram para o PS, 12 para o PSD, cinco para o BE, quatro para a CDU, dois para o PAN e dois para o CDS-PP.

Dos partidos que em 2015 já tinham assento parlamentar, em Lisboa o PS e o PAN foram os únicos a obter um reforço de deputados.

Resultados

O PS venceu as eleições legislativas de domingo com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, quando falta atribuir os quatro mandatos da emigração, segundo os resultados finais provisórios.

De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna – Administração Eleitoral, o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,90% dos votos e 77 deputados.

Elegeram ainda deputados para a Assembleia da República BE (9,67% dos votos e 19 deputados); CDU (6,46% e 12 deputados); CDS-PP (4,25% e 5 deputados); PAN (3,28% e 4 deputados); Chega (1,30% e 1 deputado); Iniciativa Liberal (1,29% e 1 deputado) e Livre (1,09% e 1 deputado).

O PS venceu sem maioria absoluta, para a qual precisaria de, pelo menos, 116 deputados.

Estão ainda por apurar quatro deputados, dois pelo círculo eleitoral da Europa e dois pelo círculo fora da Europa.