Morreu Diogo Freitas do Amaral

ÓBITO | O corpo do fundador do CDS-PP e antigo ministro Diogo Freitas do Amaral, aos 78 anos de idade, está esta sexta-feira em Câmara ardente no Mosteiro. O funeral decorrerá sábado no cemitério da Guia, Cascais.

Morreu o antigo presidente e histórico fundador do CDS, Diogo Freitas do Amaral. Tinha 78 anos. O antigo ministro estava internado no Hospital CUF de Cascais.

O antigo presidente e fundador do CDS foi internado no passado dia 16 de setembro nos cuidados intermédios do Hospital CUF de Cascais, por motivo de doença oncológica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, homenageou esta quinta-feira, através de uma mensagem deixada no site da Presidência da República, Diogo Freitas do Amaral, que descreve como “um dos quatro pais fundadores do sistema político-partidário democrático em Portugal”.

O governo vai decretar dia de Luto Nacional. O dia será coincidente com o do funeral de Freitas do Amaral, adianta o primeiro-ministro, António Costa, numa mensagem publicada esta quinta-feira.

“Portugal perde hoje um dos Pais Fundadores do sistema político-partidário democrático”, escreve Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, na sua página de facebook, admitindo ter perdido “um dos amigos da minha vida”.

“Há dias em que algumas imagens, onde tenho a honra de estar, assumem particular emoção”, escreve Basílio Horta, partilhando a fotografia na sua página de facebook.

Na foto: Diogo Freitas do Amaral, Mário Soares, Salgado Zenha, António Guterres, Almeida Santos e Adelino Amaro da Costa.

Diogo Freitas do Amaral

Além de fundar e presidir o CDS, Diogo Freitas do Amaral fez ainda parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

Foi primeiro-ministro interino após a morte de Francisco Sá Carneiro e ministro dos Negócios Estrangeiros de um governo socialista (2005 a 2006).

No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado ‘Mais 35 anos de democracia – um percurso singular’, que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.

Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 recordou o seu “percurso singular” de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre “no quadro amplo” da democracia-cristã.

Fotografia: Facebook
[em atualização]