O Sindicato de Todos Os Professores (S.T.O.P.) vai manter a greve contra o amianto, amanhã, sexta-feira, na Escola Dom Domingos Jardo, em Mira Sintra, apesar de a Câmara de Sintra ter garantido esta quinta-feira o início das obras, para a remoção daquele material cancerígeno.

Em declarações à agência Lusa, André Pestana, membro do sindicato disse que vai manter o encerramento da escola, esta sexta-feira, 3 de outubro e que será formado um cordão humano junto àquele estabelecimento, marcado para as 08h00 de sexta-feira, seguindo-se uma sessão de esclarecimento com a especialista em malefícios do amianto, Carmen Lima, da SOS amianto (Quercus), e uma reunião com trabalhadores para decidirem se mantém ou anulam a paralisação.

Recorde-se, esta manhã a autarquia de Sintra, em nota enviada à imprensa, “lamenta o prejuízo causado a alunos e encarregados de educação através de uma greve irresponsável, convocada pelo sindicato S.T.O.P., por exigir obras que têm o seu início previsto dentro de duas semanas”.

“Apesar de a Câmara Municipal de Sintra só ter assumido a responsabilidade quanto ao respetivo edifício no passado mês de setembro, a antecipação do lançamento deste concurso público permitiu que a obra tenha início previsto até ao final da primeira quinzena de outubro”, afirma a autarquia, acrescentando que abril deste ano lançou um concurso público para a substituição de três coberturas (em fibrocimento) em escolas do concelho de Sintra, onde se incluí a EB 23 Domingos Jardo, em Mira Sintra.

Contudo, André Pestana disse à Lusa que teve hoje [quinta-feira] uma reunião com a Câmara, que lhe disse que as obras serão realizadas durante um fim de semana, o que a estrutura sindical discorda em absoluto por questões de segurança, uma vez que ficam no ar partículas de cimento que não têm tempo de assentar e serem removidas antes do início das aulas, na segunda-feira.

O dirigente do S.T.O.P. adiantou ainda à agência Lusa que a obra “tem de ser feita em condições de segurança para todos” e que o sindicato “quer fazer parte da solução e não do problema”.

A Câmara de Sintra “lamenta profundamente o prejuízo causado aos alunos desta escola, e encarregados de educação, com uma greve injustificável e irresponsável, baseada num falso problema”.