Passam hoje 53 anos sobre o trágico e dramático incêndio da serra de Sintra. No dia 7 de setembro de 1966, perderam a vida 25 soldados, do Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1 (RAAA1) de Queluz.
As chamas irromperam na Quinta da Penha Longa, alastrando à Quinta de Vale Flor, Lagoa Azul e Capuchos. Em diversos momentos, a situação apresentou-se incontrolável, sendo favorecida por elevadas temperaturas e constantes mudanças de vento forte.
No combate às chamas ficaram feridos e intoxicados vários bombeiros, soldados e populares que receberam tratamento, no então Hospital de Sintra e nos postos clínicos instalados na serra, sendo os casos mais graves tratados no hospital de São José, em Lisboa.

Ainda hoje existe duvida sobre o número de mortos provocado pelo grande incêndio na serra de Sintra a 6 de Setembro de 1966.
O Diário de Notícias, de 10 de Setembro de 1966, fala de 25 cadáveres, enquanto o Diário Popular de 9 de Setembro, em entrevista ao soldado Alberto António Silva, que viveu a tragédia de Sintra, não confirma o “número exacto de camaradas que faleceram”, acrescentando que “o grupo do aspirante Barros Tavares, deslocou-se para a direita da encosta. Não se sabe quantos homens levaria consigo”.
Sem problemas com censura, o jornal italiano Il Piccolo – Trisesta de 10 de Setembro, afirma que “morreram trinta e sete soldados” e estranha o silêncio das autoridades.

Este sábado, 7 de setembro, pelas 10 horas, na Igreja Paroquial de Colares, foram recordados e homenageados os militares que perderam a vida nesse grande incêndio da serra de Sintra.

“Homenagem aos 25 militares que morreram no terrível fogo na Serra de Sintra – 7 de setembro de 1966. O Regimento de Artilharia de Queluz não os esquece! Nós também não”, escreve o vereador da Câmara de Sintra, Domingos Quintas, partilhando a foto, tirada esta manhã, na Igreja de Colares.
- [atualizada, 15h08]