Santuário Romano, na Praia das Maças | Foto: Sintra Notícias

A 9 de Agosto do ano de 1505 terá ocorrido a primeira descoberta arqueológica feita em Portugal, a qual teve lugar precisamente no litoral sintrense, junto à foz do Rio de Colares, na freguesia de Colares, no concelho de Sintra.

Foi há 514 anos que se descobriu o santuário romano sobranceiro à foz do Rio de Colares, designadamente as suas inscrições – consagradas ao Sol, ao Sol Eterno, à Lua e ao Oceano – datáveis de antes de meados do séc. II a inícios do séc. III d.C..

O Rei D. Manuel, “o Venturoso”, e a sua Corte acorreram de imediato ao local e interessaram-se superlativamente pelo achado – esclarecido exemplo de espontâneo interesse do grande poder político pela História e pela Cultura que então se verificava.

Esta notícia chegou até nós através da obra Inscriptiones Sacrosanctae Vetustatis, de Petrus Apianus (1495-1552) e de Barptholomeus Amantius (1505-1555), e contribuiu em muito para que a equipa do Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas lograsse redescobrir, há dez anos, o locus sacer consagrado, nas primeiras décadas do Império Romano, ao Sol, à Lua e ao Oceano.

O trabalho desde então desenvolvido proporcionou já novos achados espetaculares, como o altar dedicado Soli et Oceano por um notável no exercício do cargo de Procurador da Província da Lusitânia na época do Imperador-Filósofo Marco Aurélio, bem como uma raríssima árula consagrada ao Sol e à Lua por intermédio de uma inscrição poética redigida em grego.

Texto: Museu de Odrinhas / Sintra Notícias

Consulte esta obra na página que relata esta importante descoberta, aqui: http://tinyurl.com/omprz2g
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