“Não queremos em Sintra esperanças abstratas, queremos realizar esperança concreta”, disse Basílio Horta, no Dia do Município, destacando a “Saúde, Educação e Segurança” e “disciplina da despesa”, para responder aos “desafios do presente e do futuro, num correto exercício das funções do Estado”.

“Tratar do presente com os olhos postos no futuro”, foi o mote do discurso do presidente da Câmara de Sintra, para assinalar o dia município, nos Paços do Concelho, cerimónia onde foram atribuídas Medalhas de Mérito a funcionários com mais de 40 anos de serviço, personalidades locais e instituições como os Bombeiros, PSP de Agualva- Cacém e Polícia Municipal de Sintra.

“O exercício dos direitos sociais, está na primeira linha linha da nossa atuação”, começou por dizer o autarca, sublinhando a importância da “política orçamental e a disciplina das finanças públicas”, que devem ter como objetivo estratégico, “a melhoria da qualidade de vida das comunidades e das pessoas e assegurar o correto exercício das funções do Estado”, disse o presidente da Câmara de Sintra, explicando que “Sintra adotou desde o primeiro momento, o desenvolvimento de um crescimento inclusivo, o exercício dos direitos sociais e dos direitos básicos, que dão dignidade à vida coletiva”.

Saúde, Educação e Segurança foram áreas que destacou com particular “prioridade”, porque e, seu entender, “não há democracia se estes direitos não forem garantidos”.

“Solidariedade significa fazer tudo por todos, Não é um ato de caridade, mas com uma vontade firme para uma melhor qualidade de vida”, disse Basílio Horta

Na Saúde, “estamos a viver uma revolução”, disse o edil, que procurou fazer um balanço dos últimos anos nesta área, falando de “objectivos alcançados”, dando como exemplos a “instalação de uma VMER, que não existia no concelho”, e lamentando o estado de funcionamento de alguns Centros de Saúde, caso de Agualva, “situado em prédio de habitação e que os médicos tinham de sair à rua porque alguns doentes não tinham capacidade de subir escadas e sem elevador”, destacou.

“Ontem [28 de junho] começaram a funcionar três novos centros de saúde, em Sintra, Agualva e Almargem do Bispo só faltando a construção do Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins, que será a maior Unidade de Saúde Familiar do País, que servirá 60 mil pessoas, em quatro pólos de 15 mil pessoas”, disse Basílio Horta, adiantando que “neste momento já está adjudicada a sua construção”, aguardando somente a decisão do Tribunal de Contas, para que as obras se iniciem

Relativamente ao Centro de Saúde de Belas “o projeto está a ser feito para ser sujeito a concurso público”, disse Basílio Horta, destacando a construção do Hospital no Concelho de Sintra, a ser construído na Cavaleira, na freguesia de Algueirão Mem Martins. “Neste momento já está adjudicada a sua construção”, aguardando somente a decisão do Tribunal de Contas, para que as obras se iniciarem.

“Vai custar 30 milhões de euros aos nossos contribuintes, mas pergunto se há melhor despesa do que garantir a segurança das pessoas e das famílias? Podíamos ficar nesta situação sem nada fazer? – questionou. “Não. Não, podíamos ficar indiferentes e o projeto está adjudicado. Em 2020 as obras começarão e em 2021 estará a servir a nossa comunidade”, disse Basílio Horta.

A Educação mereceu também grande destaque no seu discurso, sobretudo no que se refere ao estado de degradação dos estabelecimentos de ensino, da responsabilidade da autarquia mas também da Administração Central.

“Tínhamos escolas onde chovia lá dentro, gimnodesportivos encerrados, cozinhas sem salubridade”, lamentou o presidente da Câmara de Sintra, questionando-se: “Como podíamos ter escolas da nossa responsabilidade que não tinham a qualificação adequada?”, assegurando que “todas as escolas EB1 do concelho, [muitas já intervencionadas] serão requalificadas até ao fim do mandato”, representando um esforço financeiro de “mais de 8 milhões de euros” nas escolas de competência da autarquia e outros “8 milhões de euros investidos pela autarquia na requalificação em escolas da Administração Central”.

“Não são escolas nossas, mas a responsabilidade de responder à necessidade é nossa e não podemos voltar a cara”, explicou Basílio Horta, anunciando que as obras estão a ser feitas e irão ser concluídas, para que, aprender e ensinar sejam atos de dignidade. Esse é um objetivo.”

Já no final do seu discurso, “não queremos em Sintra esperanças abstratas, queremos realizar esperança concreta”, disse Basílio Horta, perspetivando para o futuro, “um concelho respeitado que respeite valores da integridade e seriedade da transparência, da igualdade e da participação”, um município “tecnologicamente desenvolvido, mas que não pode deixar esquecer aquilo que é essencial na vida das pessoas e das comunidades”.

“Por isso a disciplina da nossa despesa, precisamente para responder a esses desafios”, notou Basílio Horta, acrescentando que “é um privilégio trabalhar para esta grande câmara” municipal.

De seguida, Basílio Horta entregou medalhas de mérito municipal a 17 funcionários da autarquia, à Polícia Municipal de Sintra, ao ex-Comandante dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém, Luís Manuel Pimentel da Costa, ao Comandante dos Bombeiros Voluntários de Colares, Luís Manuel Martins Recto, a quatro agentes da Polícia de Segurança Pública da 66.ª Esquadra de Agualva-Cacém e a Rui Franco dos Santos, ex-presidente da Junta de Freguesia de Colares.

Ainda nos Paços do Concelho foi inaugurada a exposição “Um novo Tempo para a Saúde em Sintra”, que permite contemplar a evolução dos centros de saúde e do novo hospital de Sintra, que são pilares essenciais para uma melhor qualidade de vida dos munícipes.

No Parque da Liberdade foi descerrada a escultura evocativa a Jorge Telles de Menezes, poeta, jornalista, tradutor, cultor da palavra recitada e dramaturgo, falecido a 27 de agosto de 2018 e inaugurou o Parque Municipal da Quinta do Pego Longo e da obra de requalificação do Bairro SAAL, em Belas.