BE “exige” ao governo “medidas de urgência” na linha de Sintra

"Corte de serviços na linha de Sintra é falta de respeito por utentes e meio ambiente", refere o Bloco de Esquerda (BE) que "exige" a intervenção do Governo para "reverter as consequências de anos de desinvestimento na manutenção da via férrea e do material circulante".

André Beja, Bloco de Esqueda (BE) em Sintra | Foto: arquivo

O Bloco de Esquerda (BE) em Sintra, “condena veementemente” a decisão da CP em diminuir ligações e reduzir o atendimento nas bilheteiras, na Linha de Sintra, a partir do dia 16 de junho, “uma decisão, inaceitável e lesiva dos interesses dos e das utentes”, acrescentando que !este corte temporário já havia sido ensaiado no verão passado, com enormes transtornos para utentes. O que então foi anunciado como uma exceção começa a parecer método”, critica o BE em nota enviada ao SINTRA NOTÍCIAS.

“Estamos perante uma escolha orientada por critérios burocráticos e com pouca adesão à realidade, pois apesar do menor afluxo de estudantes, os comboios da linha de Sintra são necessários a quem trabalha e se desloca em lazer”, destaca o BE, considerando que “são fundamentais para dar resposta ao considerável aumento de turistas que se verifica nesta época do ano”.

Num momento em que vários comboios têm sido suprimidos na linha de Sintra, esta medida para o BE, “vem agravar a degradação do serviço prestado”, e por outro lado, “é uma medida ambientalmente errada e inversa à lógica de promoção do transporte público, pois ao reduzir a oferta desincentiva a procura por parte de quem pode usar o automóvel.” 

Recorde-se, a CP anunciou que irá cortar serviços na linha de Sintra entre 23 de Junho e 7 de Setembro, alegando redução da procura, devido ao fim das aulas, suprimindo vários comboios ao longo do dia e encerrando bilheteiras, por “falta de pessoal”.

Perante o cenário, o BE vao mais longe nas suas considerações e “exige que o governo anule a decisão e que tome medidas de urgência para começar a reverter as consequências catastróficas de anos de desinvestimento na manutenção da via férrea e do material circulante, bem como nos recursos humanos, que se traduziu, só neste ano, em centenas de comboios suprimidos, milhares de horas de atrasos para utentes e enormes prejuízos para a economia e ambiente”.