GNR investiga militares que obrigaram prostituta a fazer continência

A GNR está a investigar a atuação de dois militares que terão obrigado uma prostituta a fazer continência.

Em nota enviada à imprensa, a GNR diz que não se revê, nem tolera este tipo de condutas. “O Comando da Guarda informa que não se revê, nem tolera a adoção deste tipo de conduta, a qual é contrária aos padrões de atuação dos seus militares e aos princípios fundamentais que norteiam a sua qualidade de agentes de força pública e órgãos de polícia criminal”, lê-se na nota.

Na reação à notícia divulgada hoje pelo Correio da Manhã, a GNR faz saber ainda que “desde que teve conhecimento deste episódio, vem desencadeando um conjunto de diligências tendentes à localização espacial e temporal da ocorrência, bem como à identificação dos possíveis autores, para apuramento das responsabilidades”.

Já esta tarde, o Comando da Guarda informa que, “na sequência das diligências efetuadas, foi já possível apurar a localização temporal e espacial da ocorrência em apreço, bem como identificar os seus presumíveis autores. Trata-se de dois militares que integram o efetivo do Destacamento Territorial de Loulé, subunidade do Comando Territorial de Faro, contra os quais foram entretanto instaurados processos disciplinares”.

Segundo o Comando da Guarda, “ambos os militares [serão] transferidos preventivamente para o Comando da Unidade, em Faro, para o desempenho de funções que não implicam o contacto com o cidadão, uma vez que a sua presença na área onde os factos serão investigados é considerada incompatível com o decoro, a disciplina e a boa ordem do serviço”.

No video,  gravado por um dos militares e partilhado nas redes sociais, ouve-se um dos guardas a perguntar à mulher se o trabalho está a correr bem, pedindo-lhe no fim para fazer continência.

Ver video, aqui.

(Notícia atualizada, às 22h07)