A Procuradoria foi encarregada da investigação sobre o incêndio, que provocou o desmoronamento do pináculo do monumento. As chamas afetaram inicialmente as imediações do pináculo, acrescentado no século XIX ao templo medieval.
Os bombeiros tiveram dificuldade em aceder à catedral, o que fez com que as chamas se espalhassem pela estrutura que sustenta o telhado, que foi gradualmente inflamado pelas chamas, que também afetaram alguns contrafortes.
No momento do incêndio a catedral já havia fechado aos visitantes, mas as autoridades evacuaram todo o perímetro, bem como parte das casas adjacentes para evitar que fossem afetadas.
O incêndio começou cerca das 18h50 locais (17h50 em Portugal) e atingiu toda a estrutura do edifício, segundo o porta-voz do monumento, André Finot.
Os bombeiros disseram que o incêndio terá começado no sótão da catedral e admitiram que a situação poderá estar ligada aos trabalhos de reabilitação do edifício, que é o monumento histórico mais visitado da Europa.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, que tinha um discurso à nação agendado para esta noite, centrado em medidas de revitalização económica, adiou a comunicação em consequência do incêndio.
“Notre-Dame de Paris consumida pelas chamas. Emoção de uma nação inteira. Pensada para todos os católicos e para todos os franceses. Como todos os nossos compatriotas, estou triste esta noite por ver a arder uma parte de nós”, escreveu Macron na rede social ‘Twitter’, antes de se dirigir para o local.
Entre as primeiras mensagens de pesar e de solidariedade contam-se as dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, bem como dos chefes de governo da Alemanha, Angela Merkel, e de Espanha, Pedro Sanchéz.
A catedral de Notre-Dame foi edificada em 1163 e iniciou a função religiosa em 1182, embora os trabalhos de construção tenham prosseguido até 1345.
“Abraço Sentido”
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje um “abraço sentido” numa mensagem ao Presidente francês, Emmanuel Macron, em que lamenta o incêndio na Catedral de Notre-Dame de Paris.
“Caro Presidente Macron, meu Amigo: Uma dor que nos trespassa o olhar e logo nos marca a alma, Paris sempre Paris ferida na sua Catedral em chamas, um símbolo maior do imaginário coletivo a arder, uma tragédia francesa, europeia e mundial”, lê-se na mensagem, divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa despede-se de Macron enviando-lhe “de Lisboa um abraço sentido”.
- Texto: Sintra Notícias com Sapo/Lusa
- FOTOGRAFIA: DR NBC News