A fachada principal da sede do nucleo de Sintra do Sporting Clube de Portugal (SCP) foi esta madrugada vandalizada, com a inscrição: “very light 96”, numa alusão a Rui Mendes, adepto sportinguista que em 1996, na final da Taça de Portugal no Jamor, perdeu a vida ao ser atingido por um “very light” lançado por um adepto do benfica.
“Desde a noite de 23 de Setembro de 2017 até esta madrugada, três vezes o nome do Sporting parece ter incomodado muita gente”, escreve no facebook, em jeito de desabafo e indignação, Fernando Morais Gomes, presidente da Assebleia Geral do Núcleo de Sintra, lamentando que “quem comemora a morte de adeptos seja de que clube for, não merece senão desprezo e punição”.
Alguém que em 2019 relembra com “orgulho” a morte de uma pessoa inocente em 1996, fazendo algo deste género é só alguém que não merece a liberdade”, desabafa também no facebook, David Cabral, secretário do núcleo de Sintra, manifestando “profunda tristeza e alguma raiva” com este tipo de manifestações de “violência que só gera violência e não é isso que nós queremos”.
Ao jornal Record, Rui Feixeira, presidente do Núcelo, também se mostrou desolado com a situação. “Já aconteceu quatro vezes. A situação normalmente repete-se quando Sporting e Benfica jogam no mesmo dia”, afirma o dirigente que também se mostra inconformado com a atuação das forças de autoridade: “Quando os chamamos tomam conta da ocorrência e dizem que não podem fazer nada. Como tudo acontece em espaço público também dizem que não podemos colocar material de vigilância. Assim não pode continuar pois não podemos continuar estas despesas”.
São muitas as manifestações de indignação pelo ato praticado por desconhecidos. A PSP tomou conta da ocorrência.
“Quem comemora a morte de adeptos, seja de que clube for, não merece senão desprezo e punição” — Fernando Morais Gomes
(Notícia atualizada, 16h43)