As temperaturas máximas verificadas e as esperadas podem contribuir, de acordo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para a existência de ondas de calor.
“Este ano temos tido sempre tempo muito seco, com anticiclones a bloquear a passagem das ondulações frontais que seriam habituais para o inverno e mesmo a primavera. Neste momento, temos o anticiclone a sudoeste das ilhas britânicas que estende a sua influência em direção aos Açores”, disse à Lusa, Maria João Fraga.
A meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera explicou que nos últimos meses o anticiclone está posicionado sobre o Atlântico, sobre o interior do continente europeu que estende a sua influência a Portugal continental.
“Esta influência dá sempre origem a um vento de leste com trajeto continental. Independentemente da posição, tem estado a fazer bloqueio à passagem dos sistemas frontais. Tem estado a fazer este bloqueio e infelizmente é o que vai acontecer nos próximos dias, não se prevendo precipitação com alguma abundância”, disse.
Maria João Frada lembrou que na primavera de 2018, os meses de janeiro e fevereiro foram secos, mas depois, a partir de 28 de fevereiro começaram a passar ondulações frontais e com a depressão veio a precipitação que se prolongou tardiamente até à primavera e início do verão.
Entretanto o IPMA emitiu aviso amarelo para o distrito de Faro devido à previsão de ondas com 2 a 4 metros com tendência para baixar para os 2 a 3 metros.
Os valores acima dos valores médios para esta altura do ano desde o dia 22, vão manter-se pelo menos até ao fim de semana. As temperaturas máximas vão variar entre os 20 e os 25/ 26 graus na generalidade do território, sendo compatíveis com uma primavera avançada que estão a dar origem a valores acima dos habituais para esta altura do ano.
No fim de semana poderão ocorrer alguns aguaceiros no interior norte e centro, mas é ainda uma possibilidade.
- Fotografia: Sintra Notícias