A Nova Lei sobre os cuidadores informais, denota uma falta de conhecimento total do que é um Estado Social Global.
O estatuto de Cuidador Informal deve ser visto como uma mais-valia para ambos, cuidadores e cuidados, e não mais uma Lei excelente no papel mas com pouca aplicabilidade na sua execução.
Com a exceção de leis sobre a contagem do tempo para a reforma, leis sobre a eventual remuneração dos cuidadores informais etc., estas sim, constituem uma mais-valia para quem cuida. Fora estas medidas de caris económico fala-se principalmente em duas grandes áreas:
1. Na Formação dos Cuidadores Informais;
2. No descanso dos Cuidadores Informais.
Se não houver uma política integrada de aumento de camas, lugares em Centro de dia ou em Apoio Domiciliário esta medida é algo que terá muita dificuldade de implementação.
As IPSS não têm vagas para receber, a fim de permitir o descanso do Cuidador. E na Rede de Cuidados Continuados o tempo médio de espera e de 47 dias e só abrange 56% dos pedidos, como se irá ter capacidade de integração de utentes para descanso do Cuidador informal? Temos octogenários a cuidar de octogenários, como vamos dar formação estas pessoas?
Mais podia ser dito mas a política da manta de retalhos começa e estar à vista de todos.
António Pereira, Presidente da Mesa da Assembleia Geral Núcleo Territorial de Agualva-Cacém do CDS-PP e membro da Concelhia de Sintra