“Trinta anos depois da sua inauguração, o Monumento ao Bombeiro volta a ter a iluminação noturna que o dignifica”, anunciou esta noite, com regozijo, Carlos Casimiro, presidente da União das Freguesias de Agualva e Mira-Sintra, na Cidade de Agualva-Cacém, no concelho de Sintra.
Uma decisão da autarquia local, com o propósito de melhorar a qualidade visual, mas também restituir a dignidade a um património que é testemunho de um passado histórico, que nos deve orgulhar.
“A dignificação do monumento é indissociável da dignificação dos valores que os bombeiros representam”, disse ao SINTRA NOTÍCIAS, Carlos Casimiro, presidente da Junta de Freguesia.
Contactado pelo SINTRA NOTÍCIAS para se pronunciar sobre o melhoramento, o Presidente da Direcção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém (AHBVAC), Luís Miguel Baptista, congratulou-se com o facto, sublinhando que “o apelo foi ouvido e por isso o momento só pode merecer o nosso aplauso. Saldamos muito positivamente a decisão tomada e estamos satisfeitos por verificar que as conversações havidas com o Sr. Presidente Carlos Casimiro acerca deste e de outros assuntos respeitantes à problemática dos Bombeiros, na base do bom entendimento e da colaboração recíproca, têm vindo a ser consequentes.”
Recentemente, a propósito das comemorações do 87.º da AHBVAC, aquele dirigente disse, no decorrer de uma cerimónia evocativa, que o “Monumento ao Bombeiro Voluntário constitui, a nosso ver, um sinal de vitalidade de princípios e valores, nomeadamente, no plano da cidadania activa e responsável”, acrescentando que “é essencial ter memória”.
Monumento ao Bombeiro
O Monumento ao Bombeiro em Agualva, na Cidade de Agualva-Cacém, é uma obra da autoria do escultor Victor Palla (1922 – 2006), erigido com recurso a subscrição pública nacional e inaugurado a 2 de Outubro de 1988.
Trata-se de uma figura de homem com cerca de 2 metros de altura, representando o Bombeiro Voluntário, com o seu capacete na cabeça e na mão uma picareta de bombeiro com o cabo pousado no chão.
O seu peso total, incluindo a base forrada com pedra da região, é de 5 toneladas. O conjunto escultórico é também alusivo a dois bombeiros de Agualva-Cacém que morreram em serviço. Um pelas chamas, daí num dos braços da figura se verem chamas, e outro nas inundações, retratado num dos pés da estátua que mergulha simbolicamente na água.
“A dignificação do monumento é indissociável da dignificação dos valores que os bombeiros representam ” — Carlos Casimiro
Fotografias: DR Carlos Casimiro
