Docentes anulam concentração mas insistem na recuperação do tempo

    Os sindicatos de professores suspenderam a concentração marcada para quinta-feira em Lisboa, mantêm a exigência da recuperação dos mais de nove anos de serviço, garantindo ter o apoio de mais de 60 mil professores

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    Escola nas Azenhas do Mar, no concelho de Sintra | Foto: Sintra Notícias - arquivo

    A decisão de desmarcar a concentração de quinta-feira junto à Presidência do Conselho de Ministros para exigir o início das negociações do tempo de serviço congelado foi anunciada hoje depois de os sindicatos terem sido convocados pelo Governo para dar início ao processo negocial, tal como previsto no Orçamento do Estado.

    “Face a esta convocatória, que dá início às negociações que eram reclamadas pelas organizações sindicais desde o dia 3 de janeiro, fica sem efeito a concentração prevista para 21 de fevereiro, junto à Presidência do Conselho de Ministros, cujo objetivo era, precisamente, exigir o início das negociações”, anunciou hoje a plataforma que reúne as dez organizações sindicais, à agência Lusa.

    Na próxima segunda-feira, os sindicados vão reunir-se com o Governo a quem vão entregar um abaixo-assinado em que “mais de 60 mil professores manifestam o seu apoio às posições dos seus sindicatos e à proposta que será, de novo, apresentada”.

    Os sindicatos só estão disponíveis para negociar o prazo e o modo de recuperar os 9 anos, 4 meses e 2 dias em que as carreiras estiveram congeladas.

    Os professores querem um modelo de recuperação do tempo de serviço semelhante ao adotado na Região Autónoma da Madeira com a possibilidade de, por opção do docente, poderem usar parte desse tempo para superação da progressão aos 5.º e 7.º escalões.

    A proposta dos sindicatos defende ainda que os docentes possam usar o tempo a recuperar para efeitos de aposentação.