A fábrica das pastilhas Gorila avançou com um processo especial de revitalização (PER), para fazer face a anos sucessivos de prejuízos e a dívidas que ultrapassam atualmente os 10 milhões de euros. A Lusiteca fechou 2017 com vendas de 8,1 milhões de euros e tem cerca de 150 trabalhadores.

A cinquentenária Lusiteca (que foi fundada a 15 de janeiro de 1968), a funcionar na freguesia de Rio de Mouro, solicitou a instauração do PER a 2 de outubro no Tribunal de Sintra e um mês depois o administrador judicial publicou a lista provisória de credores, segundo a qual a empresa tem pagamentos pendentes a mais de 270 credores (entre trabalhadores, fornecedores, bancos e outras entidades), no valor global de 10,3 milhões de euros.

A notícia da edição online do Expresso avança também que o maior credor é o Novo Banco, que concentra 52% dos créditos, reclamando da Lusiteca um total de 5,4 milhões de euros, dos quais a maior parcela, 3,66 milhões de euros, respeita a um contrato de financiamento que está garantido por uma hipoteca sobre um imóvel da empresa.

A edição online do Expresso refere ainda que as contas publicadas pela Lusiteca mostram que a empresa soma ainda capitais próprios positivos de 7 milhões de euros, mas os resultados dos últimos anos têm vindo a degradar-se.

Em 2013 a fabricante das pastilhas Gorila (que também produz e comercializa os rebuçados Penha) faturou 12,5 milhões de euros, cifra que se foi reduzindo nos anos seguintes. A Lusiteca fechou 2017 com vendas de 8,1 milhões de euros, ligeiramente abaixo do volume de negócios do ano anterior.