Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP vão estar em greve, por 24 horas, esta segunda-feira, dia 1 de outubro, “contra a ausência de contratação de trabalhadores, de mais comboios e negociação para o contrato coletivo”, segundo fonte sindical.
Em comunicado, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) informou ter avançado com um pré-aviso de greve, em representação dos trabalhadores da carreira comercial e de transportes da CP-Comboios de Portugal e que a paralisação abrangerá também alguns turnos de domingo e de terça-feira.
O sindicato criticou o Ministério das Finanças por “bloquear os acordos entre o Ministério do Planeamento, a CP e o SFRCI” e estarem, assim, por contratar “88 trabalhadores para o comercial da CP (Revisores, trabalhadores para as bilheteiras)”.
O “aluguer do material circulante para fazer face aos problemas existentes também não avançou, o concurso público para compra de novos comboios ainda não foi lançado e a negociação da contratação coletiva que se iniciou na CP em 2016, está paralisada”, lê-se no comunicado.
O sindicato referiu que em resposta aos seus pedidos de esclarecimento, o “Ministério do Planeamento e Infraestruturas e CP-Comboios de Portugal afirmaram que o bloqueio à aplicação dos acordos se verificava no Ministério das Finanças”.
“Perante o incumprimento/bloqueio realizado pelo Ministério das Finanças aos acordos celebrados pelo Ministério do Planeamento, CP-Comboios de Portugal e SFRCI, aos trabalhadores só resta o conflito laboral, pois não se entende a política de gestão danosa que o Ministério das Finanças impõe à CP-Comboios de Portugal”.
Assim, segundo o sindicato, por falta de trabalhadores das bilheteiras, “a CP deixa de cobrar milhares de euros”, enquanto por falta de revisores “existem comboios que transportam cerca de 900 utentes (mais de oito carruagens ou mais de uma unidade indivisível) que por questões de segurança, deveriam circular com dois revisores e circulam só com um, colocando em risco a segurança dos utentes e da circulação”.
“Por falta de material circulante são diariamente suprimidos dezenas de comboios e a oferta de serviços continua a reduzir em especial no interior do país”, lê-se.