Uma médica que alegadamente cobrava entre os mil e dois mil euros para realizar partos no hospital Amadora-Sintra demitiu-se esta manhã. O caso já foi entregue ao Ministério Público.

O hospital abriu, entretanto, um inquérito-interno e sexta-feira foi alvo de uma ação de fiscalização da Entidade Reguladora da Saúde que poderá vir a multar a instituição.

São as primeiras consequências de uma investigação jornalística da RTP. A televisão pública avança que a médica, Joana Neto, nunca conclui a especialidade de ginecologia/obstetrícia, mas trabalhava há 16 anos no Amadora-Sintra sempre no bloco de partos. Era lá que realizava partos a cidadãs angolanas sem serviço nacional de saúde às quais cobrava comissões ilícitas que oscilaram entre os mil e os 2 mil euros.