Estávamos a meio de junho quando terminaram três semanas de festas em Covas, na freguesia de Rio de Mouro, com o sorteio de um cabrito doado por um empresário local.
Cerca de 400 mil habitantes tornam o concelho de Sintra o segundo município no país, mas numa das suas principais freguesias urbanas, cortada pela linha de comboio de Sintra e pelo IC19, durante três semanas uma associação local recuperou antigas tradições e juntou centenas de pessoas. A Associação de Moradores e Amigos de Covas organizou as festas onde se jantou, dançou e foi possível redescobrir a identidade da comunidade local.
A iniciativa só foi possível com a dedicação da associação, o apoio de empresários locais empenhados e envolvidos na comunidade e a junta de freguesia de Rio de Mouro.
Para o presidente da junta, Bruno Parreira, este é um exemplo da força que a história, a identidade e a tradição podem ter numa freguesia tão diversa como Rio de Mouro. Com cerca de 50 mil habitantes, Rio de Mouro tem cidade, lugares e aldeias com desafios fascinantes, como revelam as festas de Covas, onde vizinhos e amigos encontram um espaço familiar de encontro.
O autarca defende que as particularidades do território sintrense, com tendência para a constante pressão da nova construção que esquece a existente, obriga a olhar para locais como Covas de uma forma especial. “Esta relação entre as pessoas e o espaços é o mote para a Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Rio de Mouro Velho aprovada pela Câmara Municipal de Sintra, onde Covas se integra, e que se propõe reforçar as centralidades, qualificar o espaço público e acima de tudo não deixar nenhum território esquecido”, sublinhou o autarca de Rio de Mouro. Para Bruno Parreira a decisão de implementar esta ARU “é uma decisão estratégica que cria o instrumento político que garante que o nosso território tem futuro sustentável”.
Em Covas, a cerca de 2 quilómetros do IC19, os sorteios dos cabritos prometem continuar pelo menos nos próximos anos.
