Basílio Horta anunciou esta manhã na Tapada das Mercês, o arranque da terceira fase de Requalificação da Urbanização, com a assinatura Consignação da Empreitada de reabilitação de Infraestruturas, iniciativa que decorreu no âmbito da iniciativa, “Presidência Aberta” à Freguesia de Algueirão-Mem Martins, durante o dia de hoje.
Na Casa da Juventude, o presidente da Câmara de Sintra começou por dizer que a Tapada das Mercês “é uma prioridade do mandato [municipal] desde o primeiro dia”, devido ao estado de abandono e degradação a que esteve sujeita, em anteriores mandatos autárquicos, – “desilusão de promessas não cumpridas”.
Pensativo, Basílio Horta mostrou-se incomodado com a falta de qualidade de vida e bem estar da população naquela zona, com uma grande “concentração de pessoas” numa “zona crítica” e de “abandono” durante anos, sublinhando que “desde o primeiro dia [da sua eleição] consideramos a Tapada das Mercês, como uma prioridade do mandato”.
Para que não restem dúvidas, “faremos todas as intervenções que forem necessárias para transformar a Tapada das Mercês num sítio onde valha a pena viver”, prometeu Basílio Horta ao presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, Valter Januário, sendo interrompido por uma salva de palmas dos presentes.
Quinta da Marquesa
Pendente continua a Quinta da Marquesa. A autarquia prometeu licenciar a primeira fase da urbanização, mas só quando concluídas as obras na Tapada das Mercês.
Recorde-se, que a empresa construtora pretendia que a autarquia licenciasse a segunda fase da urbanização, conhecida como Quinta da Marquesa, para posteriormente fazer as obras em falta na Tapada das Mercês, uma pretensão que a autaquia, não aceitou. “A ser aprovado, transformava esta zona num inferno”, disse Basílio Horta, explicando que a prioridade do autarquia, é resolver primeiro os problemas da Tapada das Mercês.
“Aquilo que se começou a fazer em 2013, só agora em 2016, resultaram nas primeiras intervenções”, lembra Basílio Horta, devido a um processo burocrático com a empresa responsável pelas obras, – a Cintra Urbanizações e a Sociedade de Construções e Urbanizações Vicente Antunes – e que que obrigou a autarquia a acionar uma garantia bancária e a assumir as responsabilidades. “Um processo que demorou muito tempo”, lamenta Basílio Horta.
Agora a negociação é com a banca, uma vez que passou a ser a proprietária dos terrenos, uma tarefa que não tem sido fácil de resolver: “Já pedi uma reunião os bancos”, mas ainda não foi possível avançar, lamenta Basílio Horta. “É evidente que o novo alvará, a nova urbanização, vai ser um exemplo”, faz saber o presidente da Câmara de Sintra, que vai continuar a insistir numa reunião junto da banca, para ultrapassar divergências.
Uma coisa é certa: “Queremos que a Quinta da Marquesa, seja também um exemplo de como o executivo da Câmara trata o Ordenamento do Território e do aproveitamento dos espaços verdes”, notou Basílio Horta.
1ª e 2ª fase concluídas
As intervenções realizadas e a realizar nos espaços públicos, “pretendem sanar as patologias, abreviar situações de perigo e de insalubridade e assim melhorar a vivência da população”, de acordo com nota informativa da autarquia, explicando que “as intervenções incidem na generalidade dos espaços públicos designadamente nas situações que apresentam maior degradação e urgência de intervenção”.
Esta 3ª fase de intervenção, em 2018 “Empreitada de Reabilitação de Infraestruturas” na Tapada das Mercês, representa um investimento da autarquia superior a 255 mil euros, para um prazo de execução de 180 dias. A empreitada foi adjudicada à Sanestradas, S.A..
Recorde-se, durante 2017 a Câmara de Sintra realizou trabalhos de beneficiação de equipamentos públicos e limpeza urbana na Tapada das Mercês. Essa 2ª fase de intervenção decorreu durante 6 meses. O investimento de cerca de 275 mil euros consistiu na limpeza urbana, trabalhos de desmonte, demolição, corte e remoção de elementos construtivos obsoletos, reconstrução e/ou reparação dos equipamentos públicos, reparação de pavimentos rodoviários, passeios e lancis bem como a reabilitação pontual do sistema de drenagem de águas pluviais.
Em 2016, durante a primeira empreitada, foram efetuados trabalhos de reabilitação de pavimentos rodoviários, criação de novos e melhores espaços de estacionamento automóvel, calçadas, lancis, cais de contentores, muros de suporte, espaços destinados à prática desportiva e de recreio, espaços verdes e requalificação das redes de águas residuais domésticas e pluviais. Representou um investimento na ordem dos 318 mil euros, suportados pela autarquia.
(Atualização 14:07)