A greve dos trabalhadores ferroviários obrigou hoje a uma paralisação de 90% dos comboios de mercadorias e de passageiros em todo o país, segundo o balanço do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial itinerante (SFRCI).

Segundo disse à agência Lusa Luis Bravo, presidente do sindicato, a taxa de paralisação dos comboios entre as 22h00 e as 06h30 “está na ordem dos 90% em todo o país”, sendo que nas zonas urbanas chega a atingir os 100%.

Nas Linhas de Sintra e Cascais, a adesão à greve também é elevada: “Nas zonas urbanas de Lisboa é de 100%”, segundo o sindicato. Na linha de Sintra não circulou durante a manhã qualquer comboio. A única exceção foi um comboio regional, às 8h30, proveniente das Caldas da Rainhas, com paragem pela estação de Agualva-Cacém, no sentido de Lisboa, confirmou o SINTRA NOTÍCIAS.

Já de acordo com a CP, dados recolhidos entre as 00h00 e as 08h00 indicam que a greve suprimiu 10 ligações internacionais (66%), 60 comboios regionais (72%), 114 comboios urbanos de Lisboa (98%) e 36 urbanos do Porto (72%).

O SFRCI saúda “os trabalhadores do setor ferroviário e os maquinistas em particular “por não cederem a pressões internas e externas comprometidas com o Governo e por não aceitarem violar a lei greve substituindo os revisores em greve”.

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo, recorde-se, estão hoje em greve contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente.

Os sindicatos consideram que “a circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária – trabalhadores, utentes e mercadorias”, e defendem, por isso, que “é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)”.

(Notícia atualizada às 12h45)