Um cidadão de plenos direitos e plenos deveres. Que fez e faz por os exercer. E que sentiu a necessidade de se juntar a outros com a mesma forma de estar na vida.

Formámos um grupo de cidadãos interventivos em torno de uma causa, o combate à morte súbita cardíaca. Mas não posso esquecer como esta caminhada começou, foi com uma tragédia pessoal, uma paragem cardiorrespiratória. Uma das 10 mil anuais em Portugal. E se me permitem tenho de fazer aqui uma homenagem a todos aqueles que partiram e que deveriam ter tido outro tipo de assistência, principalmente por parte dos seus familiares, dos seus amigos, dos seus vizinhos, enfim, dos seus concidadãos…

Sim! É neste elo da cadeia de socorro que está a chave do problema. É aqui nos primeiros 10 minutos que podemos e temos de fazer a diferença.

Somos nós, Sociedade Civil, que temos o papel principal e somos simultaneamente os principais beneficiários. Somos nós que podemos alterar esta realidade. Não podemos refutar as nossas responsabilidades.

É hora de parar de apontar o que o País não faz por nós e começarmos nós a fazer pelo País! Basta de indignação é hora da implicação!

Francisco João Velez Roxo, Basílio Horta, Gabriel Boavida, Fausto Pinto, Francisco George e Luis Baquero

Foi esta crença que me levou a procurar quem quisesse fazer esta caminhada comigo. E foi em Sintra e na sua Câmara Municipal que encontrei quem abraçasse esta causa, o Dr. Basílio Horta e a sua equipa.

Fez-se acontecer mudança, através do plano municipal de Desfibrilhação exemplo a nível nacional, e sobretudo nas escolas. Não fossem as Escolas locais privilegiados, onde se forma a sociedade civil do amanhã.

Em parceria com o Hospital Fernando da Fonseca e a sua Escola de Reanimação através do Projecto 3C’s de Ensino de Suporte Básico de Vida formaram-se em poucos meses, mais de 1000 jovens. É possível! Ficou provado!

Mas não podia ficar por Sintra é preciso fazer acontecer mudança em todo o País. É preciso Salvar Mais Vidas! Como tal, formámos este movimento há dois meses, e juntos somos mais fortes, somos uma força que ninguém quer nem consegue parar.

Identificámos os problemas, estabelecemos um objectivo – uma taxa de sobrevivência de 30% e apresentamos caminhos que estão claros no nosso manifesto, que é a marca de água do nosso movimento:

Ensino SBV+DAE obrigatório por lei nas escolas; Obrigatoriedade deste ensino em profissões chave; Mais Desfibrilhadores e Mais Sensibilização.

Desengane-se quem possa pensar que somos apenas mais um movimento reivindicativo, somos sim, activos e participativos.

(…) não podia ficar por Sintra é preciso fazer acontecer mudança em todo o País. É preciso Salvar Mais Vidas!

Agradeço a todos os que se tem associado a este movimento: aos ilustres médicos que formam o nosso conselho consultivo; aos nossos embaixadores que associaram a sua imagem a esta causa; às instituições que são nossas parceiras que acreditam em nós e na necessidade de inverter este paradigma; aos órgãos de comunicação social que nos tem ajudado a por este tema na agenda mediática; ao cidadão anónimo como nós, que se associou a este movimento e é parte integrante dele.

Somos portugueses! A nossa história enquanto povo fala por si. Fala de nobreza e valentia. Fala de um povo capaz de feitos épicos. A nobreza é a solidariedade que nos caracteriza, é o não deixar nenhum dos nossos para trás. E a valentia é na adversidade, superarmo-nos.

Sim! Eu Acredito!
Sim! Eu acredito, que vamos fazer acontecer mudança!
Sim! Eu acredito, que vamos vencer esta guerra!
Sim! Eu acredito, porque os melhores estão connosco. E os melhores somos nós, os portugueses!
Sim! Eu acredito, que vamos SALVAR MAIS VIDAS!!
Sim! Eu acredito, que vamos ser Campeões europeus a Salvar Vidas!
Como dizia o José Boavida, nunca vos esconderei o meu sorriso!

Gabriel Boavida, Coordenador do Movimento Cívico, SALVAR + VIDAS