Medina anuncia passe único na área metropolitana de Lisboa

Se as propostas de Fernando Medina avançarem, todos que moram e trabalham entre Setúbal e Mafra vão poder utilizar os transportes públicos apenas com um cartão

Se as propostas de Fernando Medina avançarem, todos que moram e trabalham entre Setúbal e Mafra vão poder utilizar os transportes públicos apenas com um cartão.

“Há centenas de títulos de transporte. Vamos introduzir um passe único que possa ser usado em todos os transportes rodoviários (geridos pelas autarquias) e extensível ao comboio (que é gerido pelo Estado)”, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, no encerramento da conferência Cidades e Mobilidade, avança o Diário de Notícias.

Fernando Medina, que também assume a presidência do Conselho Metropolitano de Lisboa, aponta como um dos principais desafios da cidade de Lisboa os cerca de 370 mil carros que todos os dias dão entrada, com origem nas zonas limítrofes. Melhorar as ligações de transportes públicos e criar alternativas de mobilidade são as soluções apontadas pelo presidente. “Bicicletas, motos e carros partilhados são soluções importantes para complementar os transportes públicos. Não resolvem o problema“, afirma.

 

Vivem na área metropolitana de Lisboa cerca de 3 milhões de pessoas

A área metropolitana de Lisboa (AML) regista a maior concentração populacional e económica de Portugal. Nos seus dezoito concelhos, que constituem 3,3% do território nacional, residem quase 3 milhões de habitantes, cerca de ¼ da população portuguesa. Ao nível económico concentra cerca de 25% da população ativa, 30% das empresas nacionais, 33% do emprego e contribui com mais de 36% do PIB nacional.

Com uma costa atlântica com cerca de 150km e uma frente ribeirinha de cerca de 200km, a AML integra no seu território dois grandes Portos: Lisboa e Setúbal e três Portos médios piscatórios: Sesimbra, Cascais e Ericeira. À escala internacional os portos de Lisboa e Setúbal assumem um crescente protagonismo que se deve não só à sua posição de charneira entre o norte da Europa, Mediterrâneo e África, como também devido ao elevado valor histórico e paisagístico das áreas envolventes ao porto.