O município de Sintra sempre teve respostas na área da saúde “abaixo daquilo que precisava”, face ao número de habitantes, admitiu hoje, na inauguração do novo Centro de Saúde de Queluz, o ministro Adalberto Campos Fernandes.

“Estamos a fazer por Sintra aquilo que Sintra já merecia, de facto, há muitos anos, porque foi um concelho que sempre teve uma elevada pressão demográfica e teve infelizmente respostas de saúde abaixo daquilo que precisava”, afirmou o ministro da Saúde à agência LUSA.

O governante acrescentou que, além da construção de novos centros de saúde, o presidente da autarquia informou que está à beira de ser adjudicado o concurso para o projeto de construção do Hospital de Proximidade de Sintra.

“O Hospital de Amadora-Sintra vai beneficiar muito, não só do novo polo hospitalar, como beneficiará também da nova oferta de Cascais, que nós esperamos que em concurso público internacional possa também alargar em número de freguesias”, explicou Adalberto Campos Fernandes.

Para o ministro, o investimento previsto na construção do futuro Hospital de Lisboa Oriental também contribuirá para alterar positivamente a situação de assistência médica na região de Lisboa e Vale do Tejo.

O governante assinalou a inauguração do novo Centro de Saúde de Queluz com o descerramento de três placas, uma à entrada do equipamento, e outras duas, no interior, relacionadas com a Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Maria I e a unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra).

“Esta nova unidade de saúde familiar permite atribuir médico de família a mais 13 mil utentes”, informou a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.

Na USF de Queluz trabalham sete médicos, sete enfermeiros e cinco administrativos no secretariado clínico, com um horário de funcionamento de segunda a sexta, das 8:00 às 20:00.

Uma fonte da ARS adiantou à Lusa que, dos 23 mil utentes servidos pelo novo centro de saúde, ficam sem médico de família perto de 11 mil utentes, que deverão ser abrangidos por uma nova equipa médica a contratar “até ao final do ano de 2018”.

“Estamos a transformar, no melhor sentido do termo, o nosso concelho na área da saúde”, salientou o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), acrescentando que a adaptação da antiga escola básica na Rua D. Fernando II, em Queluz, implicou um investimento de cerca de 1 milhão e 100 mil euros.

O município comparticipou com 30% do financiamento do novo equipamento de saúde e cedeu o terreno, sendo responsável pelo projeto e pela execução da obra.

As novas instalações foram entregues ao Ministério da Saúde e colocadas ao serviço a 02 de outubro, para que os utentes deixassem de ter de recorrer às antigas instalações num prédio de habitação na cidade de Queluz.

O presidente da autarquia notou ainda a conclusão, no primeiro trimestre de 2018, do novo centro de saúde de Sintra, integralmente financiado em cerca de 900 mil euros pelo município, e a construção em curso de novos centros em Agualva, Almargem do Bispo e Algueirão-Mem Martins.

Segundo informou a ARS, o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) de Sintra passa a ter em funcionamento 15 USF, nove Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, cinco Unidades de Cuidados na Comunidade, uma Unidade de Saúde Pública e uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados.

O município assumiu a construção do Hospital de Proximidade de Sintra, para funcionar em articulação com o Amadora-Sintra, cedendo o terreno na zona da Cavaleira (Algueirão) e financiando a obra em cerca de 30 milhões de euros, assumindo o Governo o equipamento e funcionamento da nova unidade.