O Presidente da República deixou hoje uma palavra de ânimo e conforto aos que continuam a combater o incêndio de Pedrógão Grande, que provocou 19 mortos, e disse que “o que se fez foi o máximo que se podia fazer”.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao local do incêndio cerca das 00h40 e, depois de ouvir um ponto da situação, deixou, em primeiro lugar, as condolências às famílias das vítimas.

“Queria antes de mais apresentar os meus sentimentos aos familiares das vítimas civis, acompanhando-os na sua dor e fazendo-o em nome de todos os portugueses”, afirmou em declarações aos jornalistas no local.

Por outro lado, o chefe de Estado fez questão de deixar uma palavra de “gratidão e conforto” a todos os que estão envolvidos no combate ao incêndio, dizendo referir-se a bombeiros, Proteção Civil, GNR ou Exército.

O chefe de Estado defendeu que, perante o cenário que lhe foi descrito, “o que se fez foi o máximo que se poderia ter feito”.

“Não era possível fazer mais, há situações que são situações imprevisíveis e quando ocorrem não há capacidade de prevenção que possa ocorrer, a capacidade de resposta tem sido indómita”, considerou.

Outras reações

Primeiro-ministro, António Costa

“Infelizmente, esta é seguramente a maior tragédia de vidas humanos que temos conhecimento nos últimos anos em Portugal numa situação de incêndios florestais”, disse António Costa à chegada à sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras.

O primeiro-ministro reiterou que não ainda confirmadas o número total de vítimas levando-o a afirmar que se pode estar “perante a maior tragédia que temos vivido” em Portugal.

Valdemar Alves, autarca de Pedrógão Grande, indicou aos jornalistas ter “quase a certeza” de que vão ser “encontrados cadáveres nalgumas casas”, explicando que se trata, em grande parte, de “população muito idosa” e que não houve “tempo para fugir”. O presidente da câmara disse estar “chocadíssimo” com a situação e que a “violência do incêndio foi de tal maneira” que não permitiu grande reação. Valdemar Alves avançou, ainda, com a informação de que “há famílias com três vítimas”.

Lusa