O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, classificou hoje a atribuição do Prémio Camões ao escritor e poeta Manuel Alegre como “uma homenagem justíssima a uma grande figura da literatura portuguesa”.
“Nos termos do próprio prémio, (Manuel Alegre) contribuiu e contribui para o enriquecimento literário e cultural, não apenas português, mas do mundo da lusofonia”, acentuou.
Marcelo Rebelo de Sousa falava antes de um jantar de gala dos 60 anos da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e afins de Portugal no porto de Leixões, em Matosinhos, no âmbito do programa das comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Manuel Alegre foi hoje declarado vencedor do Prémio Camões 2017, após uma reunião do júri na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
“Como poeta, começou a destacar-se nas coletâneas `Poemas Livres` (1963-1965). Mas o grande reconhecimento nasce com os seus dois volumes de poemas, `Praça da Canção` (1965) e `O Canto e as Armas` (1967), apreendidos pelas autoridades antes do 25 de Abril, mas com grande circulação nos meios intelectuais”, lê-se no comunicado hoje divulgado, pelo Governo português.
Esta é a 29.ª edição do Prémio Camões e o júri foi constituído por Paula Morão, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria João Reynaud, professora associada jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo e pelo poeta cabo-verdiano José Luís Tavares.
Foto: Jornal Público