Agente PSP do Cacém julgado pelos crimes de rapto e extorsão

Agente vai agora ser julgado no tribunal de Sintra

Tribunal de Sintra | Foto: Sintra Notícias

Um agente da PSP do Cacém, no concelho de Sintra, que se encontra em prisão preventiva desde novembro de 2016, foi formalmente acusado dos crimes de rapto, extorsão tentada e furto qualificado.

O arguido, de apelido Montenegro, e um cúmplice, civil, começaram por assaltar a casa de um brasileiro na Ericeira, em julho de 2016, onde, por arrombamento, roubaram mais de 11 mil euros. A 22 de setembro, os dois homens sequestraram a mesma vítima, em Pêro Pinheiro, e depois de a algemarem e agredirem, tentaram roubar-lhe, seis mil euros.

O agente vai agora ser julgado no tribunal de Sintra.

Segundo a acusação, está indiciado que os arguidos, pelas 01h00 de 10 de Julho de 2016, introduziram-se por arrombamento numa casa na Ericeira furtando objetos e valores no valor de 11.663 euros. Em 22 de Setembro de 2016, perto da meia-noite, os arguidos sequestraram um homem junto à sua residência em Pêro Pinheiro para lhe furtarem cerca de 6 mil euros que sabiam ter em sua posse.

Os arguidos telefonaram depois ao irmão da vítima exigindo que lhe entregasse os 6.000 euros, sob pena de matarem o irmão. Em virtude de não terem conseguido que a quantia lhe fosse entregue – relata ainda o MP – os arguidos “agrediram de forma violenta o ofendido, usando diferentes objetos, provocando-lhe lesões várias”, e abandonaram-no depois num parque de estacionamento.

Os arguidos encontram-se em prisão preventiva, tendo a investigação sido dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra, comarca de Lisboa Oeste, em colaboração com a Policia Judiciária.

Na altura das detenções, a Lusa apurou que o agente detido pela PJ por suspeitas de rapto, ofensas à integridade física e extorsão agravada tinha 26 anos e prestava serviço na divisão de Sintra.

A par do processo-crime, foi então anunciado que a PSP tinha instaurado um processo disciplinar e nesse âmbito seria ainda determinada a medida de suspensão preventiva ao polícia em questão.

Segundo a PJ informou, aquando das detenções, a investigação teve início logo após a libertação da vítima raptada. As ameaças e a violência foram concretizadas mediante o recurso a arma de fogo, utilização de bastão e spray, que foram apreendidos durante as buscas. As detenções foram realizadas pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ.