Na próxima segunda-feira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assina o auto de consignação da requalificação da ligação da N117 entre Queluz e Belas iniciando assim a obra que vai acabar com a estrada da “vergonha” ao fim de mais de 15 anos.

A cerimónia está agendada para as 15h na biblioteca municipal de Queluz, localizada no início do troço que vai entrar agora em obra, e conta com a presença de Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, e do presidente das Infraestruturas de Portugal(IP), António Laranjo.

Quando Basílio Horta assume a presidência da Câmara Municipal de Sintra tornou esta questão prioritária. “A luta que foi necessária para garantir que aquele troço fosse requalificado é inimaginável, só alguém com peso político de Basílio Horta e disponível a ir até as últimas consequências conseguia num contexto de forte contenção orçamental, levar o governo a fazer esta obra”, revela fonte da Câmara Municipal de Sintra. “A verdade é que de todos os investimentos previstos pela IP, a N117 no concelho de Sintra, foi das poucas que avançou graças à respetiva autorização do ministro das Finanças”, revela a mesma fonte.

A empresa responsável por esta obra, a Conduril, já se encontra aliás no terreno a preparar o início da obra. A intervenção vai começar pela demolição das fachadas em ruína que estão antes do viaduto da CREL para quem circula no sentido Queluz/Belas. A obra terá um custo superior a dois milhões de euros, dos quais a Câmara de Sintra participa com 50% do investimento.

Toda a zona vai sofrer uma profunda mudança. A ciclovia, a construção de passeios, a demolição de vários edifícios, iluminação pública e um novo pavimento betuminoso, vão acabar com uma situação que se arrasta há décadas e desqualifica esta importante ligação entre Queluz e Belas.

DUAS MORTES NÃO FORAM SUFICIENTES

Estávamos a 19 de fevereiro de 2008 quando duas irmãs morreram na “estrada da vergonha”. As fortes chuvadas que aconteceram nesse dia arrastou, por volta das 7h30 da manhã, as duas mulheres, e o carro em que seguiam, para a corrente do rio Jamor.

No ano seguinte, 2009, ano de eleições, houve uma marcha pela requalificação da via e multiplicaram-se as declarações políticas e as promessas, mas nada foi feito. A estrada, e o luto das duas jovens, permaneceram sem resposta.

 

PROJETO PARA A N117