Autarquia recupera monumento megalítico e requalifica jardim em Agualva

Requalificação, restauro e musealização da Anta de Agualva

Basílio Horta, relembrou a primeira visita que fez ao local e zona envolvente | Imagem: Sintra Notícias

O monumento megalítico da pré-história, datado de 3000 a.C., inserido no jardim da Anta, em Agualva, foi recuperado pela autarquia de Sintra e está disponível para usufruto dos munícipes, assim como a área envolvente, que também foi alvo de recuperação e musealização.

“Este trabalho é para devolver aos munícipes o que é deles. Recuperamos este magnífico jardim em plena zona urbana e contribuímos para manter a memória do nosso concelho”, afirmou Basílio Horta na cerimónia de inauguração que decorreu hoje. O presidente da Câmara relembrou a primeira visita que fez ao local “o monumento estava abandonado e toda a zona envolvente também”.

Com a requalificação, restauro e musealização da Anta do Carrascal, também conhecida como Anta de Agualva, a autarquia pretendeu devolver à sepultura megalítica a sua dignidade monumental, limpando-a e consolidando os elementos que a constituem, assim como a área envolvente, transformando-a num jardim com zonas de observação e de passagem.

No jardim com 15 ha foi criado um circuito de observação do monumento com um passadiço em madeira, assente no chão, e que evidencia a ideia de paisagem sensível e intocável.

Os trilhos existentes foram todos reabilitados, nos quais se incluem duas passagens sobre a ribeira, ali existente, bem como a limpeza e regularização das margens, o que vai permitir uma vivência em segurança e uma visibilidade plena sobre o monumento

Para o projeto de paisagismo de enquadramento da Anta foram consideradas as características do sítio e as exigências específicas de “paisagem sensível” em que ela se insere. A implantação do monumento em pleno carrascal mediterrânico, com bom estado de desenvolvimento e densidade, constituem proteção à Anta.

O elevado valor paisagístico, cultural e botânico deste coberto vegetal, em solo esquelético com alguns afloramentos rochosos, exigem só por si a preservação integral deste conjunto. Constituindo este carrascal mediterrânico uma paisagem emblemática de toda a Península Ibérica (desde a Pré-história) constitui neste local “moldura ideal” para enquadramento do monumento.

Rui Oliveira / Sintra Notícias