O vereador da CDU em Sintra Pedro Ventura, candidato à presidência da Câmara, admite “algumas semelhanças” com a política desenvolvida pela maioria PS liderada por Basílio Horta na Câmara de Sintra, mas não está de acordo que se “tape os buracos que correspondem às falhas de investimento da administração central” em declarações feitas à agência LUSA.

Embora admitindo “algumas semelhanças” com a política desenvolvida pelo PS em Sintra, sob a presidência de Basílio Horta, o vereador da CDU destaca como principal diferença a comparticipação pelo município em projetos da responsabilidade do Governo. “É importante que a câmara assuma e desenvolva todas as suas competências e que não tape os buracos que correspondem às falhas de investimento da administração central, esse é o facto que nos distingue completamente e que tem repercussões na área da saúde, da educação e mesmo da segurança e da mobilidade”, criticou Pedro Ventura.

“O que estamos a construir é um projeto que seja o mais alargado possível, para que a CDU nas eleições à câmara municipal, à assembleia municipal e nas freguesias consiga reforçar os resultados, porque isso corresponde sempre a uma maior capacidade de intervenção”.

“Estamos na fase de construção do programa eleitoral, mas há linhas que mantemos, nomeadamente a criação de emprego, a melhoria do espaço urbano, mais áreas naturais e de lazer, e a eficiência dos serviços públicos, porque consideramos que ainda há muito trabalho a fazer”, apontou.

 

Apresentação de candidaturas

Segundo Pedro Ventura, a sua recandidatura para a Câmara e do deputado António Filipe para a Assembleia Municipal vai ser apresentada a 25 de março, na Casa da Cultura de Mira Sintra.

“Durante o mês de abril serão apresentados os candidatos às juntas de freguesia e os restantes elementos das listas para a Câmara e Assembleia Municipal”, explicou o atual vereador, com os pelouros do Licenciamento das Atividades Económicas e Mercados em declarações à agência LUSA.

Apesar da recandidatura dos cabeças de lista nas anteriores eleições autárquicas de 2013, Pedro Ventura salientou que “a lógica da CDU é de alargamento da sua base eleitoral a independentes”.

António Filipe, de 54 anos, que se recandidata à presidência da assembleia municipal, onde lidera a bancada comunista, é membro do comité central do PCP e deputado à Assembleia da República, e desempenha o cargo de coordenador do grupo parlamentar na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.