Um ano após entrar em funcionamento, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Amadora-Sintra tem mais saídas que a média do país e já salvou centenas de vidas.

Francisco João Velez Roxo adiantou que, entre março e dezembro de 2016, registaram-se 3039 saídas. “Acreditamos que cerca de 20% (cerca de 600) destas pessoas que receberam assistência da VMER do Amadora-Sintra teriam morrido se não a recebessem”, disse à Lusa o presidente do conselho de administração, Francisco João Velez Roxo

Esta viatura chegou ao Hospital Amadora-Sintra em março de 2016, após a polémica em torno da morte do ator José Boavida, que caiu numa rua de Queluz e teve de ser assistido pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital São Francisco Xavier, apesar de estar mais próximo do hospital na Amadora.

Na altura este hospital não tinha uma VMER e o presidente da Câmara Municipal, Basílio Horta, assumiu uma posição clara sobre essa polémica, que envolvia também o falecimento de uma jovem numa escola de Queluz, afirmando que não podia aceitar “que o segundo maior concelho do país não tivesse uma VMER”. “Em Sintra, durante anos, sempre que surgia uma situação que implicava acionar a VMER, apenas era possível chamar a que estava a funcionar no hospital de Cascais e no hospital Francisco Xavier”. “Esta situação era muito grave e extremamente prejudicial para o interesse dos munícipes do concelho”. Basílio Horta alertou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, para a situação que se passava no concelho e nos dias que se seguiram, os profissionais começaram a receber formação do INEM. Passado cerca de um mês, no dia 1 de março de 2016, a VMER estava em funcionamento. Nessa altura Basílio Horta referiu a importância do momento. “Sintra foi esquecida, durante muito tempo, na área da saúde e temos de o dizer com clareza que neste momento está a ser lembrada”, notando nesse momento que a VMER “é essencial na resposta às necessidades das populações”.

 

VMER sai entre 10 a 13 vezes por dia, mais do que os oito a dez da média nacional

As chamadas e respetivas saídas são muito frequentes, o que leva a administração do hospital a considerar que foi uma boa aposta. “Os cinco mil euros que são gastos mensalmente com a VMER não são uma despesa, mas antes um investimento na saúde dos moradores a quem o hospital presta assistência e que ronda os 600 mil”, disse à Lusa o presidente do conselho de administração, Francisco João Velez Roxo.

Segundo este responsável, a VMER sai entre 10 a 13 vezes por dia, mais do que os oito a dez da média nacional.

Francisco João Velez Roxo adiantou que, entre março e dezembro de 2016, registaram-se 3039 saídas. “Acreditamos que cerca de 20% (600 pessoas) destas pessoas que receberam assistência da VMER do Amadora-Sintra teriam morrido se não a recebessem”, disse.