Autarquias de “Sintra e da Amadora estão vigilantes em relação à ameaça para a segurança pública e para a saúde que são os espaços junto a vias rápidas”, avança o Diário de Notícias (DN), adiantando que “estudos científicos alertam para vegetais poluídos e contaminados”. Isto significa que “para quem cultiva feijão, ervilhas e favas para alimentar muitas bocas, como a cabo-verdiana Maria, o maior risco é perder o seu espaço”.

A reportagem do DN adianta que as Câmaras municipais de Sintra e Amadora “querem regular espaços” ainda que estejam “cientes do valor de subsistência familiar destas hortas mas querem normalizá-las, colocá-las em talhões, regulá-las”.

Segundo o DN a Câmara de Sintra pretende acabar com as hortas selvagens ou cultivadas sem a autorização em terrenos municipais na zona urbana do concelho, confirmou a autarquia ao DN nesta semana. O município está a fazer o levantamento e caracterização das hortas espontâneas, distinguindo entre as hortas instaladas em terrenos seus e em terrenos de privados.

“Um dos objetivos do programa adotado consiste na eliminação das hortas espontâneas instaladas, sem a devida autorização, em terrenos municipais ou sob a gestão da câmara municipal, podendo nalgumas situações, desde que se verifiquem adequadas condições, manter-se tais hortas desde que sujeitas às adaptações decorrentes do regulamento aprovado e integradas no Programa Municipal de Hortas Solidárias”, respondeu o gabinete de imprensa da autarquia.

Será o fim das hortas selvagens como a que o DN visitou, à beira do IC19.

Já o município da Amadora, também servido pelo IC19, está a intensificar a vigilância nos taludes cultivados junto às vias rápidas, preocupado com a segurança dos automobilistas e dos próprios agricultores.

Saber mais: reportagem de Rute Coelho no DN / Fotos: DN