Metade das equipas da I Liga já mudou de treinador esta época

Apenas oito equipas mantêm o técnico

A saída de Jorge Simão do Desportivo de Chaves, hoje oficializada, aumentou para nove as mudanças de treinadores na edição 2016/17 da I Liga portuguesa de futebol, com metade das equipas a já ter mudado de timoneiro.

FC Porto, Nacional, Marítimo, Rio Ave, Moreirense, Estoril, Boavista e Académica resistiram ao defeso e mantêm a aposta em Julen Lopetegui, Manuel Machado, Ivo Vieira, Pedro Martins, Miguel Leal, Fabiano Soares, Petit e José Viterbo, respetivamente.

Os dragões são, de resto, a exceção entre os seis emblemas lusos que vão disputar as competições europeias desta época, já que Benfica, Sporting, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães e Belenenses mudaram os respetivos timoneiros.

A Segunda Circular, em Lisboa, foi o epicentro de um “terramoto” que agitou o futebol luso, com Jorge Jesus a colocar termo a seis anos de ligação ao bicampeão Benfica e a rumar ao rival Sporting, clube no qual irá substituir Marco Silva, que foi despedido após liderar os leões à conquista da última Taça de Portugal.

Com a saída de Jesus, as águias resgataram Rui Vitória ao Vitória de Guimarães, abrindo espaço à promoção de Armando Evangelista como técnico principal dos vimarenenses, ele que será um dos estreantes na Liga, depois de dois anos e meio à frente da equipa B minhota.

Ainda no Minho, o Sporting de Braga também foi obrigado a mudar de técnico, mas por razões distintas do rival: Sérgio Conceição incompatibilizou-se com o presidente António Salvador e acabou por ser despedido, levando os arsenalistas a apostarem em Paulo Fonseca, que concluiu mais uma época tranquila pelo Paços de Ferreira, depois da desilusão no FC Porto.

Por seu lado, os pacenses contrataram Jorge Simão, técnico que terminou contrato com o Belenenses depois de carimbar o regresso dos azuis às competições europeias. No Restelo, a previsível opção por Ricardo Sá Pinto confirmou-se mesmo e o antigo treinador do Sporting regressou a Portugal para liderar o projeto europeu do emblema de Belém.

Já Lito Vidigal, precisamente um ex-treinador do Belenenses, terá pela frente novo desafio, desta vez ao serviço do Arouca, que viu partir Pedro Emanuel para o Chipre, enquanto o Vitória de Setúbal substituiu Bruno Ribeiro por Quim Machado, responsável pela subida do Tondela à Liga.

Desta forma, os tondelenses optaram pelo regresso de Vítor Paneira, também ele um estreante nas lides de primeira, sendo que o outro recém-promovido, União da Madeira, seguiu o mesmo caminho e contratou Luís Norton de Matos, para ocupar a vaga deixada em aberto por Vítor Oliveira.

Por outro lado, os 18 clubes que vão disputar a próxima edição da Liga mantêm a aposta no produto nacional e somente o espanhol Julen Lopetegui (FC Porto) e o brasileiro Fabiano Soares (Estoril) fogem à regra.

Jornal Record