Encerrou hoje a feira da Mercês – Feira Saloia de Sintra, com a tradicional procissão, às 16 horas. Uma hora antes, tem lugar a missa, na capela de Nossa Senhora das Mercês.
No século XVIII, a forte devoção de Sebastião José de Carvalho e Melo pela Senhora das Mercês, devoção já com tradição familiar, como se pode aferir pelo seu baptismo na Igreja Paroquial de N. S.ª das Mercês, em Lisboa, está na base da forte implantação deste orago um pouco por toda a região e, sobretudo, nesta tradicional e secular feira.
A Feira das Mercês como tudo na vida social-económica das comunidades locais, teve vários aspectos e contornos, ditados, quer pela moda, quer pelo concurso de gente importante, ou entidades, envolvidas diretamente na sua organização, ao longo dos tempos.

É o caso de D. Leonor Ernestina Eva Wolfanga Josefa, condessa de Daun, segunda esposa do 1º Marques de Pombal, que era uma benfeitora importante do Convento de São Pedro de Alcântara, dos Frades Franciscanos Arrábidos, razão pela qual os frades organizavam um Círio que conduzida a milagrosa imagem da Senhora das Mercês, da Freguesia de S. Pedro em Alcântara, ao sítio de Meleças, seguidos depois de um bodo aos pobres da região; desses círios devotos, oitocentistas, existem várias edições dos Cânticos de Louvor, à Senhora.

Feira das Mercês como também era conhecida, pelo quadro folclórico que apresentava, quer pela diversidade de produtos, mas também pela algazarra das gentes e dos pregões, das figuras e do garrido dos trajes, onde era possível observar-se as saloias vestidas com roupas coloridas e até arranjar um namorico.
A iniciativa da Câmara de Sintra, foi organizada pela Câmara dos Ofícios e contou com o apoio da Junta de Freguesia de Algueirão – Mem Martins e Junta de Freguesia de Rio de Mouro.
[atualizada 18h40]