Terceira Caminhada com “stória”, sob o título “O Trilho dos Lóios” uma iniciativa da Associação RJ Anima, na União de Freguesias de Agualva e Mira Sintra, no Concelho de Sintra, por caminhos nunca antes trilhados.
Uma espécie de “Viagem na Minha Terra”, que juntos curiosos e estudiosos, caminhantes o bloguer “O Rouxinol de Pomares” e dois investigadores/professores, Rui Oliveira e Carlos Albuquerque. Todos juntos, rumo à descoberta de uma(s) história(s) das antigas propriedades da Instituição dos “Lóios”, na Agualva. Um desafio de sedução sempre renovada!
A esta caminhada, com o nome de “O Trilho dos Lóios”, disseram presente mais de duas dezenas de pessoas, e a exemplo das anteriores, teve como animador principal o dr. Rui Oliveira, professor, antropólogo, historiador e investigador, que de uma forma entusiasmante nos levou
numa viagem extraordinária pela História do território em que vivemos o nosso dia a dia. Esta caminhada contou ainda com o dr. Carlos Albuquerque, outro entusiasta investigador da história da nossa cidade.
Por pena minha não participei no segundo passeio, estava nas minhas origens, onde este blog está focado, não sendo, contudo, impedimento de eu falar aqui também na terra onde resido há cerca de 40 anos, mais do que vivi, ou viverei, na minha terra de origem.
Poderei portanto dizer que Agualva-Cacém é, e será a minha terra.
Habituamo-nos a amar a terra de a dopção, onde residimos e criámos os filhos, e temos por isso a obrigação de ajudar a que se torne cada dia, cada ano, um lugar melhor para se viver.
Só conhecendo a sua história, poderemos compreender o presente e idealizar o futuro.
É por isso que adoro estas iniciativas e estou grato aos seus mentores e dinamizadores.
Seleccionei perto de meia centena de fotografias, que fui registando ao longo da caminhada que nos levou junto à margem da Ribeira do Jardo, até ao açude de Meleças, entrando no domínio dos Lóios, espaço reservado a monges,
onde ainda se podem observar os primevos muros da Quinta, e onde se pôde observar os trechos da Ribeira urbanizada até ao seus estado natural.
A importância da Ribeira do Jardo é transversal em todos os períodos da história até aos nossos dias. É um curso de
água que não tendo grandes afluentes, nunca seca na totalidade do seu curso e foi de importância vital até para manter os engenhos da Fábrica da Pólvora a jusante.
O melhor é acompanharem-nos através das fotografias que preparei. Para quem não foi, porque não sabia, ou porque não pôde… Jamais saberá o que perdeu…
Os Lóios – o exercício de Medicina
Fundada nos finais do século XIII, pelo Bispo D. Domingos Anes Jardo, com a designação de Hospital-Escola de São Paulo, São Clemente e Santo Eloi, tinha como missão o ensino de Medicina e Direito Canónico.
Nos bens desta Canónica figurava parte da herança do Bispo, que como diz a tradição nasceu na Agualva, pelo que a raiz das inúmeras propriedades são nesta localidade.
No século XV a instituição foi reformada e entregue aos Cónegos Regrantes de São João Evangelista, que mantiveram a designação de Lóios, o exercício de Medicina e foram grandes missionários durante os Descobrimentos.
Rui Oliveira | Carlos Albuquerque
“O Rouxinol Pomares” e SINTRA NOTÍCIAS
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