Pelo vale de Penelo ou dos Penelos, na Agualva!
Este topónimo surge-nos em documento setecentista, que nos remete para dois séculos anteriores, ao referir as propriedades de Maria Jardo e do Bispo Dom Domingos Anes Jardo, que fizeram parte dos bens de raiz, da instituição religiosa, na Lisboa medieva, vocacionada para o ensino de Medicina, Direito Canónico e Civil com a designação de São Paulo, Santo Eloi e São Clemente, nos finais do século XIII.
O certo é que apesar do investimento feito pelo antigo Polis da Agualva e Cacém, no concelho de Sintra, um investimento avultado, o espaço está praticamente abandonado e pouco mais é que ponto de passagem para os moradores próximos. A degradação dá sinais.
Mesmo assim, podemos encontrar ténues vestígios de um tempo em que a força cinética da água era a força motriz, mais disseminada na freguesia e, a par da eólica, garantia vários engenhos moageiros e lagares.
As velhas caleiras das levadas da Ribeira do Grajal marcam presença, apesar de entulhadas e degradadas.
Local bonito onde pontifica o único vestígio medievo da Agualva, isto é: se, efectivamente, a vetusta ponte de pedra for medieval. Um espaço de encontro com a Agualva medieva e alcandorada na penedia.
Um espaço de encontro com a memória da Historia Local de gentes antigas e actuais. Um espaço de reflexão e de inspiração poética.
Rui Oliveira, SINTRA NOTÍCIAS
