Trabalhadores da Parques de Sintra em greve de sexta-feira a domingo

Trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua em greve entre sexta-feira e domingo pela valorização dos salários

Os trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua vão estar em greve entre sexta-feira e domingo pela valorização dos salários, uma luta que pode levar à não abertura de alguns monumentos por falta de funcionários.

Segundo a dirigente sindical Maria José Rosa, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), alguns monumentos poderão efetivamente não abrir por falta de funcionários no fim de semana da Páscoa.

“Sabemos que não vai haver bilheteiras, nem lojas, nem pessoas de apoio ao visitante em, pelo menos, três monumentos, Palácio de Monserrate, Convento dos Capuchos e Palácio de Queluz”, disse.

A greve foi decidida num plenário realizado em 05 de abril e os trabalhadores reivindicam, além da valorização salarial e das carreiras, uma resposta concreta da empresa Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) ao caderno reivindicativo, assim como a retoma imediata da negociação do acordo de empresa.

Segundo o STAL, que entregou o pré-aviso de greve, “foi assinado um ‘pseudo-acordo’ com um outro sindicato que consegue ser pior do que o Código do Trabalho e os trabalhadores continuam a ver os seus salários e carreiras desvalorizadas”.

“Aqueles que estão há mais de uma década na empresa foram apanhados pelo Salário Mínimo Nacional, sem perspetiva de serem aumentados para além disso, enquanto a PSML recolhe milhões de euros em lucro e ganha prémios internacionais graças ao trabalho dos trabalhadores”, refere o STAL em comunicado.

Em declarações à agência Lusa, Maria José Rosa referiu que não tem existido qualquer aumento do salário, recebendo os trabalhadores 10 euros acima do salário mínimo nacional, sem perspetiva de progressão na carreira.

“Enviámos cadernos reivindicativos e, até hoje, não tivemos resposta da empresa. Houve um acordo que nasceu do nada, nem sabemos quem são os associados do sindicato em causa que assinou um acordo que prejudica os trabalhadores”, disse adiantando que a progressão na carreira é feita de seis em seis anos, mas que apenas 5% poderá progredir, sendo usado um sistema de quotas.