A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 é responsável por 93% das infeções em Portugal e uma outra linhagem foi detetada com características genéticas semelhantes, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

“Desde 6 de dezembro, tem-se verificado um elevado crescimento na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada máxima (93%) entre os dias 7-9 de janeiro”, refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.

Segundo o documento, aquando da identificação da Ómicron (BA.1) em meados de novembro de 2021, foi detetada uma outra linhagem (BA.2) com várias características genéticas semelhantes entre si e que apresentam um “excesso” de mutações na proteína `spike´, muitas delas partilhadas.

De acordo com o INSA, a linhagem BA.2 já foi detetada em vários países, destacando-se a sua crescente proporção entre as sequências genómicas reportadas recentemente pelo Reino Unido e Dinamarca.

A linhagem BA.2 foi já detetada em amostragens aleatórias por sequenciação de 27 de dezembro a 2 de janeiro, representando pelo menos uma introdução no Algarve.

“Os próximos dias permitirão aferir a evolução da frequência relativa da linhagem BA.2 em Portugal, bem como a sua dispersão por região”, refere ainda o INSA.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA realiza, têm sido analisadas uma média de 519 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 132 concelhos por semana.