O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse hoje que a pandemia de covid-19 “terminará quando o mundo decidir que terminará”, que “falta vontade política”, e que a prioridade é que os países com poucas vacinas as recebam.
Tedros Ghebreysus, que participou num painel de discussão no Fórum para a Paz em Paris, sublinhou que “África, em particular, é o continente mais afetado pela distribuição desigual” de vacinas contra a covid-19, com apenas 5% da sua população coberta.
Tedros Ghebreyesus, que participou num painel de discussão no Fórum para a Paz em Paris, sublinhou que “África, em particular, é o continente mais afetado pela distribuição desigual” de vacinas contra a covid-19, com apenas 5% da sua população coberta.
O número contrasta com as taxas de cobertura dos países membros do G20, que já inocularam mais de 80% das vacinas anti-covid-19 ministradas em todo o mundo.
O diretor-geral da OMS considerou esta desigualdade “condenável” de um ponto de vista moral, mas também devido às consequências epidemiológicas e económicas.
“É algo que precisa de ser resolvido”, disse Tedros Ghebreyesus, que apelou aos governos que têm muitas vacinas para as partilharem, por forma a se alcançar o objetivo de 40% de cobertura da população mundial até ao final deste ano e 70% até meados de 2022.