Marco Almeida considera que o PSD falhou em Sintra e que é necessário “apurar responsabilidades”. As declarações foram feitas esta manhã, durante a última reunião do executivo camarário do atual mandato.
O vereador do PSD começou por dar os parabéns a Basílio Horta. “Quero dar-lhe os parabéns por ter alcançado a vitória nas últimas eleições”, afirmou Marco Almeida. “Uma vitória é sempre uma vitória”, sublinhou.
Marco Almeida, que abandona funções de autarca ao fim de 28 anos, lembrou que o PSD “não cresceu”. “O PSD não foi capaz de ser o íman de descontentamento”, perdendo votos e baixando a percentagem eleitoral relativamente a 2017. “A expectativa criada em torno de uma candidatura não teve adesão no eleitorado”, considerou o vereador lembrando que, “foi o caminho trilhado pela candidatura”.
“Nos espaços próprios teremos de apurar responsabilidade e tirar ilações”, sublinhou o autarca.
Marco Almeida terminou a sua declaração da seguinte forma: “A todos quero dizer um até já”.
Em jeito de resposta, Basílio Horta começou por dizer que “as pessoas podem confrontar-se com virilidade, mas sem insultos e sem menorizar os outros”, esclarecendo que “uma coisa é o combate politico, duro, viril, outra é a menorização das pessoas. Esse não é o caminho e realmente não foi até hoje”, disse o presidente da Câmara de Sintra, desejando ao vereador Marco Almeida, “sucessos pessoal e políticos”, assegurando-lhe que “esta Câmara Municipal, nunca deixará esquecer o muito que fez pelo concelho”, apesar de divergências.
Emoção na hora da despedida
Além da cessação de funções de Marco Almeida (PSD), Paula Simões (PSD), Carlos Parreiras (PSD), Andreia Bernardo (PSD) e Rui Pereira (PS) deixaram palavras sentidas de agradecimento e de orgulho, recordando a sua passagem e funções, pelo executivo municipal.
Paula Simões, professora na Escola Visconde de Juromenha, e que em determinada altura aceitou o “desafio” “assumido e gratificante”, exercendo funções como vereadora, disse ter dado sempre o seu melhor, no desempenho das responsabilidades delegadas. “Nunca vi nem vejo a atividade partidária como um interesse pessoal para chegar a um determinado objetivo”, notou a autarca com alguma emoção, tecendo alguns elogios aos camaradas de executivo de todas as cores partidárias: “Serei sempre grata. Obrigado”.
Palavras finais para o presidente da Câmara de Sintra. “O tempo permitiu-me, senhor presidente, ter um conhecimento diferente do ser humano que é o Basílio Horta”, disse com alguma emoção a vereadora, que depois de uma pausa, deixou também palavras de “agradecimento e gratidão” ao vereador Marco Almeida: “Tenho um enorme orgulho de ter estado naquele movimento”.
Carlos Parreiras, autarca há cerca de 32 anos, iniciou funções como presidente da Junta de Pêro Pinheiro, exercendo funções como vereador no mandato que agora termina. Emocionado, “irei suspender a minha atividade publica, porque está na hora de dar aos meus netos aquilo que não dei aos meus filhos”, disse. “A minha terra é Pêro Pinheiro. É o concelho de Sintra”, acrescentou Carlos Parreiras, deixando também palavras de elogio a todos os elementos do executivo municipal.
O vereador Rui Pereira, que também não fará parte do próximo executivo municipal, aproveitou a ocasião para criticar a “campanha negra” da coligação “Vamos Curar Sintra” que em seu entender, “tirou valor ao concelho”, lamentando entre outros aspetos, “as notícias falsas”, que surgiram na opinião pública de uma forma “despropositada, incompreensível e lamentável”, e “sem grandes resultados eleitorais” para a coligação PSD/CDS-PP/A/MPT/PDR/PPM/RIR que “perdeu no concelho, cerca de cinco mil eleitores”, lamentou o autarca.
Pensativo, “foi com muito orgulho e honra que servi o concelho, sob a liderança de Basílio Horta”, disse o autarca, que promete estar “ativo no PS, onde sou feliz”, mas também na “militância partidária, sempre a servir os sintrenses”.
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