Em direto: Governo apresenta plano de desconfinamento

O primeiro-ministro António Costa anunciou esta noite o novo plano de desconfinamento para o país, após a reunião do Conselho de Ministros.

António Costa começou por saudar o “esforço extraordinário dos portugueses”, que permite comunicar o plano de desconfinamento “gradual, cauteloso e a conta-gotas”, novo plano de desconfinamento, que permitirá ao comércio local abrir, a “conta-gotas”, a partir do dia 15 de março e a cada duas semanas, abrem novas atividades.

“O esforço de todos ao longo destes dois meses permitiu-nos chegar hoje ao momento em que, com segurança, podemos falar do plano de reabertura progressiva da sociedade, disse o primeiro-ministro, acrescentando que a reabertura do país com os dados “muito claros”. “Estamos hoje, felizmente, abaixo do número de novos casos por 100  mil habitantes a 14 dias, abaixo da linha de risco que todos os especialistas consensualizaram”. 

O primeiro comércio a abrir serão os cabeleireiros e os barbeiros, que abrem já a partir da próxima semana, e o resto da atividade comercial vai abrindo por fases: 15 de março, 5 de abril, 19 de abril, e 3 de maio.

A partir do dia 15 de março, podem abrir o comércio ao postigo; cabeleireiros, manicures e similares; livrarias, comércio automóvel, lojas de mediação imobiliária, bibliotecas e arquivos.

Creches e pré-escolar são ‘os primeiros’ reabrem dia 15 de março.
Restaurantes só reabrem depois da Páscoa.

Até à Páscoa, vai manter-se o dever geral de recolhimento, bem como a proibição de circular entre concelhos aos fins de semana

Reabre a 15 de março:
• Creches, pré-escolar e 1.º ciclo
(e ATLs para as mesmas idades);
• Comércio ao postigo;
• Cabeleireiros, manicures e similares;
• Livrarias, comércio automóvel
e mediação imobiliária;
• Bibliotecas e arquivos

Reabre a 5 de abril:
• 2.º e 3.º ciclos (e ATLs para
as mesmas idades);
• Equipamentos sociais na área
da deficiência;
• Museus, monumentos, palácios,
galerias de arte e similares;
• Lojas até 200 m2 com porta
para a rua;
• Feiras e mercados não alimentares
(por decisão municipal);
• Esplanadas (máx. 4 pessoas);
• Modalidades desportivas
de baixo risco;
• Atividade física ao ar livre até 4
pessoas e ginásios sem aulas de
grupo.

Reabre a 19 de abril:
• Ensino secundário;
• Ensino superior;
• Cinemas, teatros, auditórios, salas
• de espetáculos;
• Lojas de cidadão com atendimento
presencial por marcação;
• Todas as lojas e centros comerciais;
• Restaurantes, cafés e pastelarias
(máx. 4 pessoas ou 6 em esplanadas)
até às 22h ou 13h ao fim de semana
e feriados;
• Modalidades desportivas de médio
risco;
• Atividade física ao ar livre até 6
pessoas e ginásios sem aulas de
grupo;
• Eventos exteriores com diminuição
de lotação;
• Casamentos e batizados com 25%
de lotação.

Reabre a 3 de maio:
• Restaurantes, cafés e pastelarias
(máx. 6 pessoas ou 10 em
esplanadas) sem limite de horário;
• Todas as modalidades desportivas;
• Atividade física ao ar livre e ginásios;
• Grandes eventos exteriores e
eventos interiores com diminuição
de lotação;
• Casamentos e batizados com 50%
de lotação

“Aquilo que era o limite mínimo é agora o limite máximo” [António Costa]

António Costa considerou o nível de risco apontado “bastante exigente” quando comparado com o que foi adotado no passado. Ou seja, “aquilo que era o limite mínimo é agora o limite máximo”. Os 240/100 mil habitantes. As medidas serão revistas sempre que se ultrapassar os 120 casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias ou sempre que o R ultrapasse o 1. 

O retrato atual, revelou o primeiro-ministro, o país está com 105  novos caos por 100 mil habitantes e tem um R de 0,78. No entanto, se os limites definidos forem ultrapassados, o país entra numa zona “vermelha” que implica não só não podermos progredir como adotar medidas de regressão relativamente ao calendário de desconfinamento, frisou António Costa.

“Se fomos capazes de, em dois meses, de alcançar resultados tão notáveis, depois de termos chegado a ser os piores do mundo, conseguirmos ser o país que tem o menor número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias na UE, aquilo que temos de fazer é manter a trajetória e não estragar aquilo que conseguimos alcançar, por forma a irmos retomando, com segurança, a normalidade possível das nossas vidas”, sublinhou o primeiro-ministro. 

[em atualização]

Consulte o PLANO DE DESCONFINAMENTO