O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta sexta-feira que “este, infelizmente, não é ainda o tempo do desconfinamento”, motivo pelo qual o Governo aprovou o decreto regulamentar do estado de emergência sem qualquer alteração.
“O Conselho de Ministros, como era expectável, aprovou sem qualquer alteração a renovação do decreto lei que há 15 dias atrás tinha aprovado”, referiu o primeiro-ministro, numa declaração desde o Palácio da Ajuda, em Lisboa.
“Este, infelizmente, não é ainda o tempo do desconfinamento”, justificou, explicando que o outro motivo para esta manutenção das medidas em vigor é o facto de estas estarem a produzir os efeitos desejados de controlo da pandemia de Covid-19.
O primeiro-ministro avisou que se vive neste momento “uma fase perigosa” e de “ilusão” ao pensar-se que “o pior já está totalmente ultrapassado”, alertando para a subida ligeira do índice de transmissibilidade devido a uma maior mobilidade.
“Neste momento vivemos numa fase perigosa que é haver a ilusão de que o pior já está totalmente ultrapassado e que não corremos o risco de regredir. Se há algo que todos temos que nos empenhar é não regredir relativamente áquilo que tão duramente tem sido conquistado com o sacrifício dos portugueses ao longo desta semanas”, disse António Costa na conferência de imprensa sobre o novo período do estado de emergência.
António Costa chamou atenção para o facto de se ter verificado nas últimas semanas uma maior mobilidade e do índice de transmissibilidade (Rt) ter registado “uma ligeira subida”.
“Verificámos que conforme os resultados têm vindo a melhorar o grau de confinamento voluntário tem vindo a diminuir. Há dados que demonstram que há uma maior mobilidade, como se vê o Rt teve uma ligeira subida, há uma ligeira desaceleração da redução do número de casos”, sublinhou.
As medidas de confinamento vão manter-se no próximo período de estado de emergência, entre 02 e 16 de março.
O primeiro-ministro também se mostrou preocupado pela prevalência da nova variante britânica nos novos casos de Covid-19. As restrições para travar a pandemia de Covid-19 vão manter-se, pelo menos, nas próximas semanas.
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